Cadela tem focinho amarrado e filhotes mortos são usados em ritual religioso em Farroupilha, RS

Cadela tem focinho amarrado e filhotes mortos são usados em ritual religioso em Farroupilha, RS
Fotos: Brigada Militar e Departamento de Proteção Animal

Na tarde desta sexta-feira, 1º de abril, a Brigada Militar, juntamente com o Departamento de Proteção Animal de Farroupilha, encontrou uma cadela em situação de maus-tratos e filhotes mortos no que possivelmente foi um ritual religioso. O local onde os animais foram encontrados fica em um matagal próximo ao balneário Santa Rita, na rua Vêneto, bairro Vicentina. Os agentes souberam do caso a partir de duas denúncias.

A veterinária que coordena o departamento, Arlene, detalhou que a cadela encontrada estava com inanição, ubre cheio, corte grande na região do pescoço, além de traqueia aberta e o focinho selado com fita isolante. Segundo o que foi previamente avaliado, o animal está com essas péssimas condições há dias. Os agentes tiveram dificuldades em se aproximar, pois ela estava bastante “arisca”, conforme diz a profissional.

Após encontrar a cadela, os agentes prosseguiram com as buscas para identificar de onde ela tinha vindo, pois estava abandonada em via pública. Por conta das denúncias, foi informado que houve uma grande movimentação de pessoas no matagal da localidade, portanto as buscas foram redirecionadas.

No local, foi identificado vestígios de sangue por todo o chão e por conta da areia fofa, os agentes descobriram que haviam quatro filhotes da cadela mortos, em formato de cruz, e enterrados. Junto de cada um deles havia um papel com uma lista de nomes. Por conta desses fatores, acredita-se que a morte dos cães seja na verdade derivado de um ritual de sacrifício.

Neste momento, a veterinária está realizando o laudo de tudo que foi investigado pela equipe do departamento com a Brigada Militar. Na sequência o documento será apresentado na delegacia de Polícia Civil de Farroupilha para que o caso de maus-tratos e morte dos animais seja apurado e solucionado.

Fonte: Jornal Semanário

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