Cadela vítima de maus-tratos morre horas após ser resgatada em Rio Negro (PR); tutor é preso em flagrante
Uma cadela vítima de maus-tratos morreu nesta quarta-feira (21), em Rio Negro, na região metropolitana de Curitiba. O animal não resistiu aos graves ferimentos e morreu em uma clínica veterinária, após ser resgatada no mesmo dia.
À Banda B, a protetora de animais Juliana Koerich disse ter sido uma das responsáveis por acionar a polícia para denunciar o crime. As primeiras ligações aconteceram por volta das 10h30 desta quarta, quando soube que dois irmãos estariam maltratando pelo menos dois cães na casa onde vivem.
Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram Channel, apelido dado pelas médicas veterinárias que a atendeu, envolta por sangue na área externa da casa localizada no bairro Estação Nova.
Algumas das imagens ainda revelam graves ferimentos que teriam sido provocados por agressões. Channel aparece deitada sobre um piso de cerâmica e agonizando em alguns momentos.
Antes da chegada da polícia à casa dos suspeitos, diz Juliana, os irmãos impediram a entrada dos protetores de animais que tentavam resgatar os cães. Segundo relatou à Banda B, eles utilizaram pedaços de madeira para ameaçar os cuidadores.
“Só conseguimos fazer o resgate quando a polícia chegou. Só permitiram levar a Channel para a clínica veterinária, e fomos todos para delegacia depois”, acrescentou a protetora, ao falar sobre a prisão em flagrante de um dos suspeitos.
O cachorro que permaneceu na casa deve ser resgatado na tarde desta quinta-feira (22). “Não havia provas para que o segundo [suspeito] fosse preso, e ele está na casa ainda. É muita maldade. Essas pessoas não podem viver em sociedade”, disse Juliana, em tom de indignação.
Conforme a protetora, Channel morreu em decorrência de pauladas na cabeça e hemorragia. Os suspeitos teriam alegado à polícia que a cadela estava ferida, pois havia “brigado” com o outro cão que vive na casa.
O homem ainda não identificado permanecia preso até a publicação desta reportagem. A Banda B procurou a Polícia Civil, mas não obteve retorno até o momento.
Por Guilherme Lara da Rosa e Antônio Nascimento
Fonte: Banda B