Cadelas de rua sofrem agressões brutais no Cidade Verde, em Betim, MG

Cadelas de rua sofrem agressões brutais no Cidade Verde, em Betim, MG
O caso de Pandora, uma mestiça de pit-bull com raça não definida, é o mais grave — Foto: Iêva Tatiana

Duas cadelas foram brutalmente agredidas na madrugada dessa segunda-feira (27) no bairro Cidade Verde, em Betim. Os animais foram encontrados com ferimentos graves na cabeça, no pescoço e nas patas. A suspeita é que os agressores tenham utilizado uma faca para tentar matar os bichinhos.

As cachorras foram atendidas de manhã por uma equipe da Superintendência de Proteção Animal (Sepa), que fez as suturas dos cortes. O caso mais grave é o de Pandora, uma mestiça de pit bull com raça não definida. “Parece que tentaram degolá-la e mutilar uma das patas. Ela perdeu muito sangue”, afirma a dona de casa Liliane Silva, que cuida da cachorra há cerca de um ano. No início da noite, o animal precisou ser levado para uma clínica veterinária particular, já que não estava reagindo nem se alimentando. Ela apresentava um quadro de desidratação e talvez ainda precise passar por uma transfusão de sangue.

As cadelas vivem na rua junto com um macho – que não foi ferido -, mas recebem os cuidados da família de Liliane e de outros protetores independentes da região. Apesar de serem dóceis, alguns moradores já manifestaram insatisfação com a presença dos cães e chegaram até a fazer ameaças.

“A Saudade, cachorrinha que estava com a Pandora, tinha ferimentos na testa e no pescoço. A pessoa que fez isso tinha a intenção de matar e deve ter tido o auxílio de outra, que provavelmente segurou os animais”, afirma o policial militar e protetor de animais Michel Martins Vieira, marido de Liliane. “Todos são dóceis. Nunca houve nenhum incidente de alguém ser mordido por algum deles. A Saudade e o Preto apareceram aqui na rua há três anos, e a Pandora, há um. Começamos a cuidar deles e providenciamos a castração dos três. Mas, desde então, um grupo do bairro vem fazendo ameaças veladas [no WhatsApp]. Registramos os telefones dessas pessoas no boletim de ocorrência para que seja instaurada uma investigação”, completa Michel.

A Polícia Militar foi acionada, e o caso, agora, deverá ser investigado pela Polícia Civil. Vale ressaltar que maltratar e abandonar animais são práticas criminosas passíveis de aplicação de multa e detenção.

Quem quiser ajudar a família de Liliane e Michel com os custos do tratamento das cadelas pode fazer transferências por meio do Pix utilizando a chave 147.869.146.81 (CPF). “Vamos fazer toda a prestação de contas, e, se sobrar alguma quantia, iremos doá-la para uma ONG de proteção animal”, assegurou a protetora.

Por Iêva Tatiana

Fonte: O Tempo

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.