Cadelinha com leishmaniose é adotada e viraliza no Instagram

Cadelinha com leishmaniose é adotada e viraliza no Instagram
Vídeo com Duda chegou a atingir 17 mil visualizações em uma semana. (foto: Reprodução/Redes sociais)

A Duda é um fenômeno no Instagram. Desde fevereiro, sua tutora, Patrícia Martins de Freitas, de 45 anos, administra uma conta na rede social para mostrar o dia a dia da cadelinha, contar a história dela e o principal: mostrar que a leishmaniose e as deficiências físicas não são empecilhos para uma vida feliz e saudável para um animal.

Os caminhos de Patrícia e Duda se cruzaram quando a cadela chegou na clínica em que a mulher atende como médica veterinária, na região oeste de Belo Horizonte. Dudinha tem leishmaniose, e, por causa da doença, precisou passar por cirurgias para remover os olhos e amputar as pontas das orelhas.

A antiga dona do animal faleceu e não tinha familiares que pudessem adotar a cadela. Apaixonada pela Duda, Patrícia decidiu arcar com os custos do tratamento para a leishmaniose e abrigar a paciente temporariamente, até que alguém quisesse adotá-la. Porém, com a proximidade das duas, a veterinária resolveu incorporar Duda à sua família.

 

 
 
 
 
 
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A ideia da conta no Instagram surgiu para mostrar o tratamento de Duda e como ela vive sendo uma paciente em tratamento de leishmaniose, mas Patrícia conta que não esperava que o conteúdo fosse atingir tantas pessoas. Em apenas uma semana, a tutora conta que um vídeo publicado por ela chegou a 17 mil visualizações.

A leishmaniose e a eutanásia

Por causa da falta de conhecimento sobre o assunto, muitos tutores de pets ainda insistem em usar a eutanásia como solução para a leishmaniose. Porém, a veterinária destaca que a doença tem tratamento e, na maioria das vezes, possibilita que o cachorro viva com saúde, se for mantido sob tratamento contínuo.

Por meio de um comentário em um dos posts do Instagram da Duda, Patrícia afirmou: “A eutanásia não resolve o problema, porque o mosquito permanece no ambiente. A maioria das pessoas coloca outro animal no local, que vai acabar se contaminando e perpetuando o ciclo. Uma política pública de educação ensinando da prevenção seria mais eficaz que a da eutanásia. Milhares de animais são sacrificados todos os anos, às vezes, nem são positivos de verdade, e a doença só se espalha.”

Por Paula Arantes

Fonte: Estado de Minas

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