Cães com vômito e congelados são forçados a competir na corrida de trenós de Iditarod, Alasca, EUA

Cães com vômito e congelados são forçados a competir na corrida de trenós de Iditarod, Alasca, EUA

Grupos de direitos dos animais intensificam uma campanha para expor a crueldade na corrida de cães de trenós de Iditarod, Alasca, e revelam níveis extremos de ferimentos, sofrimento e morte, os quais ativistas afirmam serem comuns no evento. A organização PETA reclamou que um musher (pessoa que conduz o trenó) ignorou uma série de ferimentos preocupantes e doenças em seu grupo de cães. 

De acordo com relatórios, em determinada altura, dois cães começaram uma confusão e um deles mordeu o outro.

O vice-presidente da PETA, Colleen O’ Brien, respondeu: “Apesar dos relatórios iniciais de que [o musher] se retiraria do Iditarod, ou, pelo menos, reduziria dois cães porque os cachorros utilizados ficaram doentes, agora parece claro que ele estava forçando todos a continuar.

“Três cães congelaram, o rosto de um cão quase precisou de pontos, e cada cachorro na [sua] equipe estava vomitando. Todos deveriam perguntar ao Iditarod o porquê de esses cães ainda serem forçados a competir”.

A PETA explicou que os cães com vômito eram causa de preocupação, enquanto a pneumonia aspirativa, que é resultado da inalação do próprio vômito, é a causa principal de morte de cães no Iditarod. Um cachorro chamado Oshi morreu em 2019 e outro, chamado Blonde, em 2018.

Sofrimento generalizado

O grupo de bem-estar animal relatou que mais de 230 cães foram retirados do Iditarod em 2019, provavelmente por motivos de exaustão, doença ou de ferimento. 

Uma  testemunha ocular testemunha ocular da PETA  trabalhou em dois canis em 2018 e 2019 e relatou a ampla negligência e sofrimento. 

“Negaram aos cães cuidados veterinários para os ferimentos dolorosos, mantendo-nos constantemente acorrentados e próximos às casinhas e barris de plástico em mau estado no frio intenso, além de os forçarem a competir mesmo esgotados e desidratados”, relata a testemunha ocular.

A PETA estima que 150 cães morreram no evento desde que começou em 1973, incluindo cinco em 2017.

Fotos: PETA

O grupo de direitos dos animais fez acusações ao evento com oito questões chaves, pelas quais dizem ter provas de que o evento deveria ser cancelado:

  • As mortes de cães no Iditarod são, por assim dizer, rotineiras, cujas regras oficiais     chamam alguns deles de “um perigo inevitável.”
  • O American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine  divulgou que mais de 80% dos cães que finalizaram o Iditarod sofrem de danos de pulmão permanentes.
  • Testemunhas oculares disseram que criadores matam os cães aposentados e indesejados.
  • Os cães puxam os trenós até 160 quilômetros por dia.
  • Devido à exaustão, pelo menos metade dos cães que começam o Iditarod não o terminam.
  • Nenhum cão escolheria competir nas circunstâncias que lhes causam ferimentos e doença graves.
  • Milhares de cães são criados todos os anos para competição de trenó.
  • Cães em canis para cães de trenó morreram de inúmeras doenças.

Leia também: Galgos saudáveis mortos “no auge” na indústria de corrida revelam números de mortes assustadores.

Você pode juntar-se à campanha para proibir a corrida de trenós de Iditarod aqui.

Por Oli Gross / Tradução de Alan Dalles

Fonte: Totally Vegan Buzz

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