Cão morre depois de ser jogado do 19º andar de conjunto residencial na Colômbia
Indignante, assim pode-se descrever o último caso de maus-tratos a animal que ocorreu no dia 23 de agosto em Cartagena, na Colômbia.
Um cão morreu depois de ter sido jogado do 19º andar de uma das torres do Conjunto Residencial Torres de La Plazuela, localizado no lado sul ocidental da cidade.
O impacto da queda provocou fraturas no quadril do animal, que recebeu os primeiros cuidados dos residentes do conjunto e foi levado a um centro veterinário, mas não resistiu às lesões e morreu depois de poucas horas.
Segundo a informação prestada pela comunidade, o cachorro não tinha dono e estava há vários dias na região, onde algumas pessoas o alimentavam.
O responsável
Misael Ortiz, comandante seccional de Proteção e Serviços Especiais da Polícia Metropolitana de Cartagena, indicou que assim que tiveram conhecimento do ocorrido, unidades do esquadrão foram até o conjunto residencial, onde prestaram acompanhamento à comunidade e ao animal.
Acrescentou que o Grupo de Proteção Ambiental e Ecológica está revisando as câmeras de segurança do conjunto e colhendo depoimentos dos residentes para capturar a pessoa que jogou o cachorro.
La Mecar indicou que, até o momento, acredita-se que um residente consumidor de entorpecentes foi o responsável pelo ato monstruoso.
De acordo com a Lei 1.774 de 2016, que penaliza maus-tratos a animais, essa pessoa poderia pegar uma pena de até três anos de prisão por esta ação direta causada contra esse canino, gerando sofrimento e dor.
Terceiro caso
O certo é que esses episódios de maus-tratos a animal vêm se apresentando em Cartagena de maneira reiterativa. Outros casos se apresentaram na cidade em menos de um mês.
No dia 1º de agosto, o jornal El Universal denunciou que, na região do Mercado de Bazurto, um desconhecido jogou gasolina em uma cachorrinha e a incendiou.
Também ficou conhecido um caso em San Pedro Mártir onde uma cachorrinha morreu por múltiplas lesões internas depois de ter sido empalada por um sujeito.
Para Janna Zuluaga, diretora da Fundação Aldea, o mais preocupante desses casos é que os responsáveis estão livres e que as autoridades não aplicam as ações judiciais necessárias.
“Não é a primeira vez que isso ocorre, a imprensa reporta os maus-tratos a animais e não acontece nada, o sistema judicial está deficiente no assunto da proteção animal. Esses loucos estão soltos e continuam sendo um perigo, como pegam um cachorro podem pegar uma criança. Precisamos que investigações sejam abertas pelas autoridades pertinentes, a Seccional de Investigação Criminal (Sijin) e a Promotoria”, manifestou Zuluaga.
Além disso, a formulação da política pública de proteção e bem-estar animal de Cartagena avança a passos de tartaruga.
Andrea Delgado Córdoba, advogada da Associação Animalista Libera, encarregada de sua construção, indicou que, por agora, estão realizando a etapa de diagnóstico para evidenciar a problemática na cidade.
Tradução de Alice Wehrle Gomide
Fonte: Vanguardia