Cão que sofreria ‘eutanásia’ é resgatado após campanha em Ribeirão Pires, SP

Nesta terça-feira (30), foi realizada uma ação no CCZ (Centro de Controle Zoonoses) para o resgate do pit bull James, em parceria com o protetor de animais, Marcus Leap e com a ONG Pit’s Ales, coordenada pelo Alessandro Desco.
De acordo com Marcus, em setembro de 2020 o CCZ atendeu a demanda do James pois ele estava solto no bairro ouro fino e avançava nas pessoas e nos animais, apresentando perigo a saúde pública. A equipe fez o resgate junto com a dra. veterinária Jessica para observação.
Porém, o centro não pode abrigar mais os animais por conta de uma ação do Ministério Público feita por uma vizinha devido ao barulho. Ela ganhou a ação e os animais foram levados para outro lugar.
Nesse sentido, o CCZ entrou com uma liminar para manter o animal, e juridicamente ele estava segurado por 90 dias para adoção. Caso contrário, ele sofreria a ‘eutanásia’, mas ele acabou ficando por 7 meses.
James foi castrado e vacinado, porém, apesar da campanha feita para adoção do animal, ninguém conseguiu lidar pelo fato dele não aceitar estranhos. Nesse caso, precisa ser alguém com conhecimento sobre a raça.
Após um incidente com os vizinhos, ele precisava ser transferido ou então, eutanasiado pois ninguém conseguia adestrá-lo. Marcus então, realizou uma campanha em suas redes sociais, para arrecadar ajuda e contratar alguém especializado para adestrar James. Muitas pessoas marcaram o perfil da ONG Pit’s Ales, especialistas em resgate, tratamento, socialização e adoção de cães da raça pit bull.
Nesta data, junto com o Secretário de Saúde, Audrei Rocha e a Secretaria do Meio Ambiente Andreza Araújo, e o vice-prefeito Amigão D’orto, James foi resgatado pela ONG e passará pelo processo de recuperação, socialização e adestramento.
“Amigos, todos vocês são responsáveis pela vida do James, foi a mobilização geral e comoção pela vida que permitiu o destino mais justo a ele. Muito obrigado por toda emoção de hoje” Escreveu Leap em suas redes socais.
Por Fabricia Andrade
Fonte: Diário de Ribeirão Pires
Nota do Olhar Animal: O que foi evitado não foi uma “eutanásia” e sim o EXTERMÍNIO de um cão, ação promovida comumente pelas prefeituras, tecnicamente equivocada e eticamente indefensável, e que é bem diferente da eutanásia. A eutanásia é um ato de caráter misericordioso e que deve atender aos interesses de quem o sofre, e não aos interesses de quem o pratica. Só pode ser chamado de “eutanásia” o ato de abreviar a vida de um animal com doença incurável e em estado irreversível de sofrimento. Os órgãos públicos de saúde disseminaram o entendimento errado do termo “eutanásia” a fim de tentar minimizar a IMORALIDADE de suas ações de extermínio. Infelizmente, até mesmo protetores usam erradamente esta terminologia. Parabéns aos que lutaram pela vida do James.