‘Carne é assassinato’: centenas de pessoas protestam contra a crueldade contra os animais em Londres

‘Carne é assassinato’: centenas de pessoas protestam contra a crueldade contra os animais em Londres
No mercado de Smithfield, ativistas da Animal Rebellion participam da manifestação pelos direitos dos animais, como parte dos protestos no Reino Unido da Extinction Rebellion. Crédito: Alamy

Um grupo de ativistas da Animal Rebellion se reuniu na área central de Londres para protestar contra a crueldade contra os animais, como parte das duas semanas de manifestações da organização Extiction Rebellion.

O grupo, que é uma ramificação da Extinction Rebellion, começou os protestos no mercado de Smithfield, em Farringdon, Londres, na manhã de sábado, entoando palavras de ordem antes das manifestações pela cidade.

As pessoas voltaram ao mercado de Smithfield, aglomerando-se tanto dentro como fora. A polícia no local afirma que cerca de 600 pessoas se juntaram aos protestos.

Uma passeata aconteceu dentro do mercado, onde houve discursos de encorajamento para que as pessoas façam mais para apoiar os direitos dos animais.

Durante a manifestação pela cidade, os ativistas pararam em frente aos escritórios do Conselho de Administração da Marinha na Avenida Snow Hill, onde ergueram uma grande estrutura em forma de polvo e faixas com os dizeres “Rebelião do oceano e “Pesca sustentável da MSC é uma mentira”.

Assim, ativistas protestaram de forma pacífica do lado de fora dos escritórios e fizeram um momento de silêncio pelos animais aquáticos.

Um porta-voz, conhecido apenas como Tim, disse à multidão: “Estamos fora da Cargill hoje, uma empresa em grande parte responsável pela expansão massiva de unidades de processamento de frangos e abate de animais em Herefordshire e Shropshire, transformando esses distritos nas capitais dos maus-tratos ao frango.”

O grupo então saiu dos escritórios da Cargill e circulou pela Avenida New Change, próximo à Catedral de St. Paul.

As pessoas seguravam cartazes que diziam “carne é assassinato” e “viva vegano e deixe viver”, enquanto dirigiam-se aos escritórios da empresa de bens de consumo Unilever, em Londres.

Peixes não são recursos a serem apanhados em mares e rios. A pesca criminosa de peixes selvagens e de criação é injusta e insustentável. Em 2019, fomos ao mercado de peixes de Billingsgate a fim de pedir-lhes que apoiassem uma transição justa para um sistema alimentar sustentável, baseado em plantas. Crédito: Twitter/Animal Rebellion
Peixes não são recursos a serem apanhados em mares e rios. A pesca criminosa de peixes selvagens e de criação é injusta e insustentável. Em 2019, fomos ao mercado de peixes de Billingsgate a fim de pedir-lhes que apoiassem uma transição justa para um sistema alimentar sustentável, baseado em plantas.
Crédito: Twitter/Animal Rebellion

O evento foi realizado em conjunto com o Camp Beagle, um grupo de ativistas que exige a libertação de cães da raça beagle da MBR Acres, em Huntingdon, Cambridgeshire, que criam cães especificamente para pesquisa animal.

Os ativistas pararam o trânsito e foram escoltados por centenas de policiais, durante o protesto.

A Polícia Metropolitana confirmou que prendeu 305 pessoas durante as manifestações desde o dia 22, e outras mais foram escoltadas por policiais no dia 28.

No dia 26, um membro da Animal Rebellion vandalizou o Victoria Memorial, que fica em frente ao Palácio de Buckingham.

Estava coberto de tinta vermelha e tinha uma placa que dizia: “Caça, um banho de sangue real”.

Protesto no mercado de Smithfield. Crédito: Alamy.
Protesto no mercado de Smithfield. Crédito: Alamy.

Os membros também bloquearam o cruzamento na Oxford Circus, na tarde anterior, antes que fossem retirados pela polícia.

A ordem foi emitida de acordo com a Seção 14 da norma de ordem pública, na sequência das preocupações de que a mobilização poderia resultar em “sérias perturbações na vida da comunidade”.

Os policiais disseram que havia cerca de 76 manifestantes aglomerados no meio do cruzamento, e que, apesar da ordem para circular, “recusaram-se a fazê-lo”.

Havia planos para a extensão dos protestos pela Extinction Rebellion em Londres, na semana seguinte.

A página do grupo na internet afirma que a manifestação é uma ação conjunta contra o “Estado que está destruindo o planeta”.

Por Sophie Barnett / Tradução de Alan Dalles

Fonte: LBC

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