Casal acusado de mutilar orelhas de filhote de cão pit bull é preso
Um metalúrgico de 25 anos e uma desempregada de 20 anos foram presos, acusados de maus-tratos. Eles teriam mutilado a orelha de um filhote de pit bull com cerca de um mês e meio e pretendiam trocá-lo por um iPhone na internet. O deputado estadual e delegado Bruno Lima (PSL), a vereadora eleita e protetora Alessandra Bellucci (PRB) e a Guarda Civil estiveram na avenida Beira Rio, próximo a Ponte Pênsil, local combinado para a negociação e realizarem a abordagem. Foi o primeiro caso de prisão realizada em Piracicaba, SP, desde a alteração da Lei 1.095/2019, que aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais, que foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, em 29 de agosto de 2020.
Além do filhote de pit bull que estava sendo negociado pelo aparelho celular, dentro do carro usado pelo metalúrgico foram localizados mais dois cães da raça american bully, que também já estavam com a orelha cortada e um husky.
“Constatamos que a orelha dos cães foram costuradas com linhas de anzol, não tivemos condições de saber se os animais foram devidamente anestesiados. O procedimento seria realizado pelo próprio alvo da denúncia”, disse Alessandra, que destacou que tal prática passou a ser considerado como crime de mutilação, desde 2018.
A guarda civil Renata, que estava acompanhada do parceiro Soares conduziram o casal até ao plantão policial, onde ficou preso. “Uma das cadelas que estavam no carro, possivelmente seria matriz, pois ainda estava com as mamas com leite. Iremos checar se tem mais cães na residência do casal”, enfatizou a protetora.
Os cães foram apreendidos e passaram por atendimento veterinário e depois foram levados para um hotel de cães, enquanto o caso é apurado pela polícia. O casal permaneceu preso até ser apresentado à audiência de custódia.
Mudança na lei
Para Alessandra, que é protetora há 30 anos, a alteração na lei foi considerada um avanço para a causa animal. “Anteriormente, em uma condição semelhante, dificilmente, os responsáveis permaneceriam presos e possivelmente iram continuar com a mesma prática”, disse Alessandra
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O Jornal de Piracicaba teve acesso às mensagens trocadas entre a desempregada e a vendedora do Iphone. Em trecho da conversa, a mulher não informou o nome da clínica, onde o corte da orelha seria realizado, pois sabia que era proibido. As mensagens serão investigadas pela Polícia Civil. O casal permanece preso na carceragem até ser apresentado à audiência de custódia.
Por Cristiani Azanha
Fonte: Jornal de Piracicaba