Castramóvel: apenas cinco meses em operação, e 15 meses parado em Taubaté, SP
Cinco meses em operação, 15 meses parado.
Esse é o saldo até agora do ‘castramóvel’, veículo que a Prefeitura de Taubaté pretendia utilizar para fazer a castração de animais na cidade, principalmente em áreas mais distantes.
A van foi cedida ao município pela empresa Antares Agropecuária, como parte de um acordo – a empresa ficou com a área do antigo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e, além de construir um novo CCZ, forneceu o veículo à prefeitura.
O ‘castramóvel’ foi lançado em janeiro de 2016, após passar por um processo de envelopamento.
Na época, no entanto, alguns fatores impediram que o veículo entrasse em operação. Um deles era a falta de mesas cirúrgicas e armários, que ainda não haviam sido adquiridos. Além disso, a prefeitura ainda não havia obtido autorização do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), que é necessária para a prática.
Essas questões só foram superadas no fim de julho do ano passado.
Entre o dia 28 de julho de 2016 e o fim daquele ano, foram realizadas 11 ações de castração, todas na zona rural, em que foram atendidos 400 animais, entre cães e gatos.
Com a virada do ano, os problemas voltaram. O motivo: a autorização do CRMV precisa ser renovada anualmente.
A prefeitura enviou ao órgão o calendário de ações do ‘castramóvel’, mas o conselho solicitou uma série de adequações.
Até agora, a situação não foi resolvida. Ou seja, nenhuma ação foi feita esse ano com o veículo.
Questionada pela reportagem, a prefeitura alegou que “tem procurado se adequar a todas as exigências da legislação vigente, tanto do Conselho Regional quanto do Conselho Federal de Medicina Veterinária”.
O município afirmou ainda que, “para suprir a falta da atividade do veículo são organizadas ações nas dependências do CCZ para aumentar o volume de castrações. Em 2016 foram castrados 2.957 animais”.