Clínica veterinária clandestina tinha cães mortos e medicamentos vencidos

Clínica veterinária clandestina tinha cães mortos e medicamentos vencidos

Clínica veterinária não regularizada no Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) foi interditada pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) após uma denúncia anônima. O local, que fica na Rua Brilhante, na Vila Bandeirantes, além de irregularidades fiscal tinha dois cães mortos e remédios vencidos desde 2014. 

Conforme o presidente do CRMV, Rodrigo Piva, a clínica deveria ser regularizada junto ao órgão e ter um médico veterinário responsável. “Nós encontramos nos documentos os nomes de três médicos veterinários que fizeram serviços aqui, mas nenhum deles era o responsável; eles serão investigados”, disse ele. 

Um profissional veterinário foi até a empresa e informou ser responsável pelos animais, porém, enquanto a fiscalização do Procon, do CRMV e da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) trabalhavam, ele foi embora e um tempo depois somente seu advogado apareceu. 

Cães mortos e debilitados e remédios vencidos foram encontrados pela fiscalização. – Foto: Divulgação

O magistrado informou que o seu cliente é proprietário de uma outra clínica e que não era possível fazer a internação dos animais lá, por isso, escolheu a clínica denunciada. Mas ao ser questionado por representantes da Subsecretaria de Bem-Estar Animal sobre o motivo do profissional ter escolhido uma clínica irregular, não soube responder. 

O dono da clínica, que não quis se identificar, disse que ele e o ex-sócio administravam o local, mas romperam sociedade e agora ele estava viabilizando a nova documentação e que aguardava autorização. Ele será encaminhado para a Decat para prestar esclarecimentos. 

Nos cartazes de divulgação do local, era possível ler os dizeres: “O seu animal significa muito para você. Eles significam também para nós”, porém, nas instalações, segundo o investigador da Decat Alexei Rocha, não aparentava ter os equipamentos e aparelhos para os serviços que a clínica divulgava. 

Por Fábio Oruê

Fonte: Correio do Estado

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