Coletores de materiais recicláveis poderão entregar seus cavalos para adoção de forma voluntária no Uruguai
A administração municipal de Montevideo deu inicio ao marco para plano de reconversão trabalhista de coletores que irá substituir as charretes puxadas por cavalos por veículos elétricos. Os participantes do projeto farão a entrega do animal de forma voluntaria a um adotante.
No inicio do marco, será feita uma chamada para a adoção dos animais, numa “fase piloto” do programa.
De acordo com informações do departamento do governo, o processo de reconversão implica em “alternativas econômicas socialmente sustentáveis para aquelas pessoas que realizam tarefas de coleta e classificação, com uma perspectiva dos direitos e inclusão social”.
Os coletores de resíduos que participarem nesta etapa do plano “entregarão o animal de forma voluntária ao adotante, cedendo seus direitos sobre este, para dar inicio no seu processo de reconversão”.
Da mesma forma, o programa determina que “aqueles que realizem a adoção, não poderão vender, alugar ou ceder o equino, ou tampouco expô-los em tarefas ou competições de qualquer tipo”.
Participaram da convocação para adotantes de equinos utilizados nas tarefas de coleta de resíduos: o secretario geral do governo, Christián Di Candia; o prefeito do governo Departamental de Montevideo, Miguel Velázquez; e representantes da União de Classificadores de Resíduos Urbanos Sólidos (UCRUS) e a organização “Basta de Tracción a Sangre”. (chega de tração animal)
Melhorar a situação de vidas
Di Candia disse que o plano vai permitir que os coletores “melhorem a situação de suas vidas e também que o governo avance no planejamento estratégico do desenvolvimento ambiental da cidade”.
Ressaltou que estão trabalhando em conjunto com o sistema educativo para que estas pessoas também “sejam agentes da classificação na origem dos resíduos”.
“A adoção não será somente uma questão de vontade, mas terá que observar aos requisitos e controles do governo municipal, que por sua vez fará o acompanhamento, além de contratos da sociedade civil e das organizações proteção animal”, esclareceu o administrador.
Tradução de Flavia Luchetti