Comedouros comunitários para animais de rua são instalados em Tangará da Serra, MT

Comedouros comunitários para animais de rua são instalados em Tangará da Serra, MT
Comedouros instalados nas ruas de Tangará da Serra — Foto: Célio Serafim/TVCA

Uma escola e um pet shop de Tangará da Serra (MT) criaram comedouros comunitários para alimentar os animais que vivem nas ruas da cidade. Na escola, segundo a direção, os próprios alunos são quem abastecem os comedouros e bebedouros do local.

O dono da escola, Cleiton Zanatta, contou que a ideia surgiu depois que ele e o filho perceberam que os animais sempre passavam próximos a escola procurando por comida.

“Colocamos um primeiro, os pais gostaram e então instalamos mais um. Hoje a própria comunidade escolar traz a ração. Sempre no fim da tarde tem animais comendo aqui”, contou.

Há um ano, um pet shop da cidade também resolveu alimentar e dar água aos cães de rua. O comerciante Iomar Carneiro Berto afirmou que gasta, em média, 12 quilos de ração por mês, e a água é trocada todos dias.

“No começo colocamos alguns potes de ração e, como a demanda foi grande, resolvi fazer esse comedouro para tentar amenizar o sofrimento desses animais de rua”, ressaltou.

Comedouros são feitos com cano em PVC. — Foto: Célio Serafim

Os idealizadores do projeto explicaram que os comedouros são feitos com itens que podem ser encontrados em lojas de materiais para construção.
Para fazer a estrutura são necessários um pedaço de cano de PVC, um cap, duas braçadeiras e dois joelhos. O custo médio é de R$ 45.

Custo médio de comedouro é de R$ 45. — Foto: Célio Serafim/TVCA

A protetora de animai, Kelly Beckers, disse que aprova a atitude, mas alerta que as pessoas precisam se conscientizar sobre o problema dos animais de rua. Além disso, ela afirmou que ações do poder público precisam ser tomadas para que a quantidade de animais abandonados diminua.

“Precisaria de uma campanha de castração solidária para população de baixa renda, pois o custo é alto. Enquanto a gente não castra esses animais, eles continuarão reproduzindo. Não vai existir um poder público que dê conta de tantos animais. Precisamos evitar que eles venham para as ruas”, explicou

Hoje, o projeto recebe cerca de 80 ligações por mês. São denúncias de maus tratos, animais acidentados ou abandonados.

“Não temos suporte dos órgãos públicos. Toda ação que é feita para os animais de rua são de iniciativas privadas que se solidarizam”, disse.

Por William Gomes

Fonte: G1

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