Comissão da Câmara de Vereadores investiga morte e furto de animais durante obras no Zoológico do Rio

Comissão da Câmara de Vereadores investiga morte e furto de animais durante obras no Zoológico do Rio

A Comissão Especial de Saúde Animal da Câmara de Vereadores do Rio investiga a morte de mais de 200 animais e o furto de pássaros no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio.

https://youtu.be/rNSeNpxNJEw

parque está fechado para obras desde sábado (30) e a previsão é de que os trabalhos continuem até março de 2020. As reformas no local tiveram início em 2016, quando a administração foi concedida ao Grupo Cataratas, para a construção de um bioparque.

Enquanto as construções são feitas, os animais permanecem dentro do zoológico. Diante da situação, o vereador Marcos Paulo, do Psol, da Comissão Especial de Saúde Animal, afirmou que recebeu diversas denúncias, inclusive de funcionários do zoológico, a respeito de maus tratos aos animais.

No sábado (30), após vistoria do presidente da comissão, o vereador afirmou que a situação em que os animais vivem é precária.

“Nós vimos um grande canteiro de obras, animais estressados, enclausurados em ambientes muito pequenos, com motosserras, caminhões entrando e saindo o tempo todo. Uma situação realmente muito ruim para os animais”, afirma o parlamentar.

Segundo a fundação RioZoo, da Prefeitura do Rio, desde o começo das obras, pelo menos 219 animais morreram, 186 foram transferidos e 4 reintroduzidos. Além disso, houve o registro de 18 animais furtados, todos aves de pequeno porte.

O gerente técnico do grupo Cataratas, Carlos Eduardo Verona, que assumiu a administração do zoológico em 2016, afirmou que todos os animais são monitorados por equipes especializadas e por “aparelhos que fazem medição da qualidade ambiental”.

O gerente também afirmou que as transferências foram feitas para esvaziar áreas que passariam por obras e que o número de mortes registrado não está “fora do esperado”.

Em nota, a Prefeitura do Rio, disse que a média de mortalidade de animais, antes da concessão ao Grupo Cataratas, era de 97 óbitos, entre aves, répteis e mamíferos. A prefeitura acrescenta também que mantém contato constante com o Grupo Cataratas e que acompanha as obras, bem como o bem estar dos animais.

Por Priscila Chagas, Luciana Cordeiro e Simone Lam

Fonte: G1


Nota do Olhar Animal: Mais uma grande oportunidade que parece que se perderá de abolir esta instituição medieval, deseducadora, violentadora dos interesses dos animais. Reforma de jaulas não é o que os animais querem, não é exemplo para a sociedade.

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