Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ faz vistoria no zoológico do Rio

A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro realiza, na manhã desta quarta-feira (19), uma vistoria no Zoológico do Rio para apurar denúncias de sumiço de animais, mortes e obras inacabadas.
“Nossas ações serão para garantir a dignidade dos animais que lá estão, e o tratamento dado pela concessionária”, destacou o presidente da comissão, Reynaldo Velloso, que também é biólogo.

Após a vistoria, a equipe fará um relatório com as possíveis determinações que a empresa deve cumprir. Se for necessário, a comissão acionará o Poder Judiciário.
O grupo é formado por 10 membros, oriundos da advocacia, biologia e veterinária. Os trabalhos serão voltados para o tratamento que a empresa que detém a concessão vem dispensando aos animais.
O que diz o Zoo
O Grupo Cataratas, gestor do BioParque do Rio, afirmou em nota passar “constantemente por vistorias e fiscalizações de órgãos reguladores”.
“A vistoria da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB/RJ é vista pela concessionária de forma positiva e pode avalizar o trabalho de construção de um Bioparque que terá como pilares o bem-estar animal, o incentivo à projetos de pesquisas e conservação, por meio de avaliação imparcial e de caráter estritamente técnico”, emendou.

Bioparque
Fechado desde novembro de 2019, o zoológico do Rio passa por obras e será transformado em um bioparque, um espaço destinado ao bem-estar dos animais, à educação ambiental e à pesquisa sobre as espécies. A ideia é beneficiar 47 espécies ameaçadas de extinção.
Com o novo conceito, saem de cena as grades e as jaulas e aumenta o espaço dos bichos. No caso dos elefantes, por exemplo, o viveiro será dez vezes maior do que o original, com direito a piscina.
Cerca de 100 operários trabalham para que o novo espaço seja inaugurado em julho deste ano. O investimento foi de R$ 80 milhões de uma empresa privada.
Quase metade da área original do zoológico não será aberta à visitação do público. O bioparque vai aproveitar esse espaço para pesquisas que ajudem a conservação das espécies.
Fonte: G1
Nota do Olhar Animal: O bioparque não difere essencialmente em nada dos tradicionais zoológicos, que mantém os animais em regime de prisão perpétua para visitação pública. É um empreendimento com fins comerciais, precisa dar lucro. A pesquisa e reintrodução de animais é um dos papéis que os defensores deste tipo de instituição dizem que os zoos cumprem, portanto não é diferencial do bioparque. No caso dos outros, quase sempre é mentira, pois os animais nascidos no zoológico acabam sendo usados para “abastecer” o próprio zoológico ou outros, além de servirem como moeda de troca de animais. Enfim, que ninguém se engane, o bioparque é mais do mesmo.