Comissão é contra rodeios e a favor do chip em Marília, SP
Entre os últimos avanços da comissão de elaboração do código zoosanitário estão os posicionamentos contrários à realização de rodeios em Marília e favorável à aplicação do chip como forma de controle da população animal para a posse responsável. As decisões são inseridas no texto do projeto.
Cada definição do código ainda está sujeita às devidas análises técnicas e jurídicas e às avaliações de entidades de proteção animal e da sociedade em geral, assim como já aconteceu em audiência pública em junho do ano passado.
No entanto, de acordo com o presidente da comissão, Marcos Rezende, os posicionamentos tomados após a análise de cada ponto formam o texto do projeto, importante para que possa ser disponibilizado às demais etapas que se seguem até o seu aperfeiçoamento.
“Ainda vamos levar aproximadamente dois anos para chegarmos a um projeto final, que ainda será submetido à aprovação ou não da Câmara. Discutimos assunto por assunto e o chip nos pets é um meio de controle da população animal”.
A proposta futura da comissão é que cada cão e gato, ou outro pet, tenha seu tutor identificado para que não haja mais animais errantes pelas ruas de Marília, o que contraria o controle de natalidade, a saúde animal, a posse responsável e, ainda, coloca em risco a saúde pública.
A comissão negou qualquer tipo de volta da “carrocinha” para o controle da população canina. “A partir do código em vigor, Marília não deixará de ter animais nas ruas instantaneamente”, disse Rezende. No entanto, segundo ele, esse e outros problemas serão resolvidos gradativamente, na medida em que o poder público e a sociedade civil saibam qual sua parcela de responsabilidade e tenham que cumpri-la.
Outro posicionamento já definido pela comissão foi de contrariedade aos rodeios em Marília. “Sabemos que existem rodeios em que o bem-estar animal é respeitado, mas não podemos correr o risco de darmos brecha a que os maus tratos ocorram e temos pesquisas internacionais que amparam essa nossa posição”, mencionou a médica veterinária Elma Polegato, que integra a comissão.
Enquanto em fase de elaboração do código, a comissão está aberta a sugestões e argumentações e, quando o projeto estiver pronto, será submetido a todos os trâmites de aprovação. “Todas as sugestões são acolhidas e discutidas pela comissão em contribuição ao trabalho. Para o que não acatarmos, estamos abertos a informar as razões”, observou a veterinária.