Congresso da República da Colômbia a um passo de proibir o uso de animais em experimentos

Congresso da República da Colômbia a um passo de proibir o uso de animais em experimentos
Foto: Twitter Senado Colômbia

O país seria o segundo da América Latina a regulamentar práticas como os testes farmacológicos.

No Congresso da República, falta apenas um debate para o projeto de lei que tem como fundamento proibir e penalizar as companhias que importam produtos de locais que utilizaram animais em testes. 

Essa iniciativa já havia sido aprovada pela Comissão Quinta do Senado em terceiro debate, e agora enfrenta o último debate que será definitivo para que seja regulamentada como Lei da República.

O representante na Câmara, Juan Carlos Losada, junto com várias organizações protetoras de animais no país, foram os encarregados de apresentar e promover a referida iniciativa que busca fazer com que sejam respeitados os direitos dos animais.

“A Câmara de Representantes entendeu os argumentos para garantir a proibição de testes de cosméticos em animais. Isso demonstra que a pressão nacional e internacional, além das provas apresentadas graças a suas investigações, pode fazer mudanças positivas na legislação em favor dos animais”, informou Eduardo Peña, coordenador de campanhas da organização Animal Defenders da América Latina.

Estes são os animais mais utilizados em testes

As espécies mais utilizadas pela indústria cosmética e farmacêutica na Colômbia são: ratos, coelhos, aves, cachorros, macacos, gatos e outros animais semidomesticados. Espera-se que nos próximos meses, e assim que a Lei for aprovada, esses animais possam ser salvos devido à proibição dessa prática em diferentes indústrias.

Losada afirmou que essa medida poderia não apenas ter um impacto local, mas regional, pois a Colômbia seria o primeiro país da América Latina a implementar essa regulamentação.

“Na China, de onde recebemos muitos cosméticos, é obrigatório o teste em animais. Esses produtos terminam se convertendo, de alguma maneira, em uma competição desleal com a própria indústria nacional e, por isso, os representantes estão conosco nessa iniciativa, pois desta maneira colocamos também um entrave a essa classe de produtos”, afirmou o congressista Juan Carlos Losada.

Um Projeto com grande apoio

Até o momento, todos os partidos políticos estão analisando a proposta que poderá representar um avanço à lei aprovada há dois anos, que aumenta a punição por maus-tratos a animais. É certo que cada vez é maior o número de colombianos que velam pelo bem-estar e pela proteção animal.

É importante destacar que dentro do Projeto de Lei se busca potencializar o uso do selo “Não testado em animais”, uma iniciativa que pretende pôr esse aviso em todos os produtos cosméticos que os colombianos adquirem.

Losada apontou que, na Colômbia, os animais são utilizados para testes de lápis labiais, bases de maquiagens, máscaras e sombras de olhos, o que acaba lhes causando irritações e, em muitos casos, graves problemas oculares.

Espera-se conseguir resultados benéficos e de proteção para o progresso ecológico e ambiental em que a Colômbia vem apostando nos últimos anos.

Tradução de Bina Foloni

Fonte: Lanota Positiva

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