Conheça o projeto de quatro amigas que ajudam alimentar animais de rua no RJ
Há quase um ano, desde o inicio da pandemia, quatro amigas que já resgatavam animais em estado crítico, resolveram se unir para mais uma boa ação, alimentar os animais de rua durante a pandemias.
Com a chegada do coronavírus, todos os parques da cidade foram fechados, e praticamente 99% deles abrigam centenas de animais. E foi aí que luta dessas amigas começou.
“Já era muito difícil a gente cuidar dos animais que encontrávamos abandonados pelas ruas, mas com a pandemia tudo piorou. Muitas pessoas desesperadas jogaram animais no lixo. Eu digo isso, porque resgatei filhotes de cães e gatos em latas de lixo e trouxe para cuidar na minha casa”, contou Cristina Cruz, fundadora do projeto.
Segundo as amigas, o custo para alimentar esses animais é altíssimo, são várias colônias espalhadas por toda a cidade de Niterói e Rio de Janeiro. Local de atuação das meninas guerreiras.
“Não conseguimos fazer por todos, mas o pouco que ajudamos já enche nossos corações de alegria e esperança. É triste você passar pelas ruas e ver os bichinhos rasgando sacolas de lixo atrás de comida, por isso mesmo em plena pandemia, respeitando todas as normas da OMS, vamos às ruas alimentá-los, porque eles são seres vivos e também sentem fome”, disse Patrícia Marins.
Hoje, o projeto além de alimentar esses animais, também cuida de uma colônia em Niterói, com pelo menos 60 gatos, todos abandonados. Entre as quatros amigas, uma delas é veterinária.
“Eu ajudo como posso, doando medicamentos, dando todos os dias assistência necessária para aquele com algum problema de saúde, além disso conseguimos castrar todos os nossos resgatados. Somente assim, castrando, a gente consegue conter o aumento da população de animais de rua”, explicou a veterinária, Raquel Muller.
Elas explicam, que não são ONG, são apenas amigas que amam animais e tentam ajudar os que podem na medida do possível, contando sempre com doações.
“É importante deixar claro, que não recebemos animais, resgatamos aqueles que são covardemente abandonados e que acabamos encontrando nas proximidades da nossa colônia. Inclusive o local já não comporta mais nenhum animal”, explica uma das amigas, Lucia Mourão.
Adoção
Elas destacam que todos os que vivem nessa colônia, são tratados e em seguida colocados para adoção.
“Não temos condições de sozinhas manter esses 60 gatos, por isso, nossa veterinária cuida deles, são todos castrados, para facilitar a adoção e depois postamos as fotos no Instagram e esperamos por uma família para que sejam adotados”, explicou Cristina.
Ela disse ainda que: “No inicio do mês estava no Méier, quando encontrei sete filhotes e a mãe, abandonados em uma praça pública. Fiquei com tanta pena, que peguei todos e trouxe para minha casa. Como falamos anteriormente, não temos espaço para tantos animais. Por isso resgatei e estou com eles aqui, já já terei sete filhotes lindos para adoção, e a mãe como sempre é mais difícil conseguir uma família, não voltará pra rua, caso não seja adotada vou ficar com ela, e contabilizar seis gatos em casa.”
Como Ajudar
Toda doação que o projeto recebe, seja em sacos de ração, ou dinheiro, é destinado para protetores que ajudam alimentar os animais, e também que resgatam para cuidar dentro de seus próprios lares.
“Hoje existem muitas pessoas, que amam tanto os animais, que não conseguem ver o abandono, e acabam resgatando para dentro da própria casa. Essas pessoas procuram o Anjos de 4 Patas pedindo ração. São protetores com 60 gatos, 20 cães. Tudo por amor. É esse amor que nos faz pedir ajuda para de alguma forma conseguir ajudar e matar a fome desses peludinhos que são abandonados à própria sorte”, disse Cristina.
Quem quiser conhecer o trabalho dessas amigas e consequentemente ajudar, o endereço do instaram é: @anjos.de4patas (https://instagram.com/anjos.de4patas?igshid=1ivlex4i8iwam).
E se você quiser ser padrinho ou madrinha de um gatinho, o projeto conta também com um programa de apadrinhamento, é só clicar, escolher, ajudar e se apaixonar (https://anjosde4patas.info/programa-de-apadrinhamento.php).
Fonte: O Fluminense