Contador é preso por manter 4 cães sem comida, um deles com olho cheio de bichos em MS

Contador é preso por manter 4 cães sem comida, um deles com olho cheio de bichos em MS
Belinha com olho cheio de bichos (Foto: reprodução / rede social)

Contador de 34 anos foi preso por maus-tratos a quatro cães, que viviam amarrados dia e noite com correntes curtas, eram alimentados com comida podre e não tinham água potável. Um dos animais estava com o olho cheio de bichos. O flagrante foi ontem (22), numa área de comodato no cruzamento das ruas Brigadeiro Thiago com a Araguacema, no Bairro Universitário, em Campo Grande. O tutor deles vai passar por audiência de custódia nesta manhã na Justiça.

Conforme boletim de ocorrência, a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) recebeu denúncia anônima de maus-tratos a animais e ao checar a informação encontrou os quatro cães em situação de sofrimento.

“O que apuramos foi horrível. Quatro cachorros viviam acorrentados 24h/dia, não havia água potável para consumo, a comida encontrada nas vasilhas estava podre e fétida (eram restos de feijoada do domingo), os cães não tinham abrigo condizente e apto a protegê-los contra intempéries e o pior: um dos animais (a Belinha) estava com o olho esquerdo ferido e cheio de bichos, o que certamente devia incomodar muito!”, escreveu em sua rede social o delegado titular da Decat, Maércio Alves Barbosa.

A comida era feijoada do fim de semana (Foto: divulgação / Polícia Civil)

Ainda de acordo com Maércio, não havia razão para os cães ficarem acorrentados, pois viviam numa área de comodato totalmente cercada. Além de Belinha, foram resgatados a Tora, a Gaia e o Grilo. Eles foram atendidos numa clínica e levados para lares temporários.

À polícia, o contador disse que os animais tinham casinhas e ficavam protegidos, relatou que de vez em quando soltava os cachorros para correrem um pouco. Ele acredita que a denúncia foi feita por vizinhos que têm interesse no terreno. Relatou ainda que mora na área há 25 anos.

Indagado sobre a situação de Belinha, disse que dava remédio para tratar a ferida e levava os animais ao veterinário somente quando estavam doentes. Comprometeu-se a adequar o espaço para ter os animais de volta.

Por Viviane Oliveira

Fonte: Campo Grande News

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