Coronavírus: ONGs em Campinas (SP) registram aumento de até 54% em pedidos para adoção de animais
A necessidade de isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus provocou aumento de até 54% na quantidade de pedidos de adoção de pets recebidos por ONGs de proteção animal em Campinas (SP), segundo levantamento realizado pela EPTV, afiliada da TV Globo. A cidade registra até o momento 177 casos confirmados da Covid-19, incluindo oito mortes.
Vídeo: ONGs de proteção animal em Campinas registram alta de até 54% em pedidos para adoção.
Afastada do trabalho por causa da quarentena determinada pela prefeitura e pelo governo do Estado até 10 de maio, a funcionária pública Maria Imaculada dos Santos adotou o cachorro Bob. Ele foi resgatado por uma entidade do município no lixão. “É uma companhia, eu brinco com ele. Foi ótimo para mim”, destaca.
Em uma das entidades, o total de animais adotados durante o primeiro mês de pandemia chegou a 57. A média mensal registrada pela instituição é de 37. “As pessoas estão ficando mais em casa. As que estavam pensando em adotar, acho que agora têm um tempo para fazer uma adaptação, estar junto do animal neste começo”, explica a fundadora e presidente de uma ONG, Ana Carolina Pimenta.
As ONGs exigem alguns requisitos para quem deseja adotar um pet, como condição econômica mínima para bancar alimentação e vacinas. Além disso, é preciso ter disponibilidade para cuidar dos animais que já foram vítimas de maus-tratos antes de receberem acolhimento.
“A pessoa precisa estar preparada tanto com a questão de custo, quanto emocionalmente. Disponibilizar seu tempo e amor ao bichinho”, ressaltou Ana Carolina.
O período de isolamento social permitiu uma família adotar uma cachorra de 2 meses, que já se tornou o xodó para uma série de brincadeiras. Segundo os moradores, ela ajuda a deixar o ambiente mais leve em meios aos reflexos provocados pela pandemia.
“Muda um pouquinho o clima. Trouxe um pouco de vida, alegria para casa, esperança nesse momento difícil que passamos”, destacou o engenheiro de sistemas Gustavo Mendes.
Fonte: G1