Criador de gado proibido de exercer atividade após vídeo revelar maus-tratos a vacas

Criador de gado proibido de exercer atividade após vídeo revelar maus-tratos a vacas

Um criador de gado britânico, do Oaklands Livestock Centre, Derek Whittall, de 57 anos, foi proibido de exercer a sua atividade durante cinco anos depois de câmaras ocultas terem filmado os seus trabalhadores maltratando os animais.

Segundo o que o Excelsior noticiou neste sábado, 29, as vacas foram gravadas sendo espancadas e chutadas num vídeo secreto gravado pelo Animal Justice Project.

Presente ao Tribunal de Telford na segunda-feira, Derek Whittall ficou então proibido de exercer o exercício da profissão depois de ter admitido cinco infrações ao abrigo da Lei sobre o Bem-Estar dos Animais e da Lei sobre a Identificação de Gado.

Os magistrados também deram a Whittall uma ordem comunitária de 18 meses para cumprir 200 horas de trabalho não remunerado e pagar os custos de acusação de 11.855 libras (cerca de 74.000 reais).

O tribunal foi informado de que as imagens secretas foram capturadas perto de Shrewsbury pelo grupo de direitos dos animais entre novembro de 2020 e março de 2021. Num dos vídeos, um dos trabalhadores pode ser visto a usar o seu casaco como um chicote para bater na cabeça dos animais.

Outro mostra um trabalhador chamando um bezerro de forma grosseira antes de o prender pela cabeça e chutar o animal. Os trabalhadores podem também ser vistos restringindo ilegalmente e, aparentemente, substituindo as marcas das orelhas dos bovinos.

Claire Palmer, diretora do Animal Justice Project, que conduziu a investigação, afirmou: “A gravidade dos crimes de Derek não pode ser subestimada. Os consumidores precisam ser sensibilizados para poderem fazer escolhas informadas sobre os alimentos, porque, em última análise, a responsabilidade é deles”.

Alertam-se os leitores mais sensíveis para as imagens a seguir:

Fonte: Click Campos


Nota do Olhar Animal: É uma hipocrisia considerar que o abate em si não é uma forma de maus-tratos, como se o assassinato do animal fosse algo neutro ou positivo. É o principal e derradeiro dos maus-tratos. De qualquer maneira, o modo como os animais são tratados antes do abate nessas linhas de produção da “indústria da morte” é um terrível agravante em relação ao dano maior provocado aos animais, que é lhes tirar a vida. E as câmeras poderão colaborar para restabelecer, para grande parte das pessoas, a conexão entre o bife na prateleira do mercado e o animal que foi morto, mutilado e que teve desrespeitado seu interesse mais básico, que é o interesse em viver.

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