Crocodilo de 2,5 metros que vivia há mais de uma década em porão nos EUA é resgatado e retorna à natureza; assista aqui
Ter um crocodilo dentro de casa pode parecer um tanto quanto improvável, mas um casal do norte da Filadélfia, cidade da Pensilvânia (EUA), achou que seria “legal” ter um como animal de estimação. Batizado de “Big Mack”, o réptil de 2,5 metros vivia em um porão há 11 anos, um recinto pequeno e improvisado que não tinha água ou luz solar suficientes para manter uma vida selvagem.
Segundo o casal, eles tentaram o seu melhor para cuidar do jacaré. E o motivo para querer libertá-lo depois de quase uma década também chamou a atenção: a separação do casamento. Foi então que a mulher identificada como Yali resolveu entregar o crocodilo para a organização Animal Care & Control Team of Philadelphia (ACCT Philly), para que ele ganhasse um novo lar. “Meu marido o tinha desde 2011. Nós o tivemos todos esses anos. Ele esteve no porão, mas agora nos separamos e eu quero que ele saia daqui”, disse ela à emissora NBC10.
Uma equipe foi até a casa e encontrou o animal vivendo atrás de uma porta trancada, descendo uma escada estreita. “Havia pesos nas proximidades, indicando que alguém também usou o espaço para se exercitar”, disse Sarah Barnett, diretora executiva do abrigo de animais ACCT Philly, à NBC10. Esse é o terceiro jacaré removido em um mês, contou a organização.
Para o resgate, foi preciso amarrar sua boca e braços, antes de carregá-lo pela casa. “Espero que você encontre um bom lar para ele”, disse Yali. Clique aqui e veja o vídeo inédito da ação, publicado no Twitter.
Após ser libertado, Big Mack ficou uns dias em um abrigo do ACCT Philly, até que a equipe encontrasse uma opção de lar lar em que ele pudesse retornar à natureza. Na manhã de sexta-feira (21), o perfil publicou no Twitter “Boas viagens para Big Mack”, informando que ele estava partindo para um santuário incrível na Flórida, chamado Jupiter Alligator & Wildlife Sanctuary. Assista aqui esse momento.
Nos EUA, As regras sobre como manter crocodilos como animais de estimação variam em cada estado e em alguns isso é legalizado. No caso da Filadélfia, a Comissão de Peixes e Barcos da Pensilvânia não regula a posse de répteis e anfíbios não nativos.
Segundo a comissão, a posse de animais exóticos pode ser perigosa. Mesmo assim, estima-se que existam 17 milhões deles vivendo em nove milhões de lares em toda a América do Norte e mais de 50% são répteis, como o Big Mack.
“Enquanto esses animais não forem soltos na natureza, não há regulamentos estaduais sobre sua propriedade. Da mesma forma, não há permissão estatal necessária para possuir esses animais. No entanto, pode haver decretos municipais locais, que regulam a propriedade de ‘animais perigosos’ e você deve verificar com seu governo local antes de comprar tal animal “, disse a Comissão em comunicado no site.
Apesar disso, a ACCT elogiou os donos por se apresentarem e procurarem ajuda e afirmou que não vai prosseguir com nenhuma acusação criminal neste caso, pois preferem que as pessoas procurem o resgate, em vez de serem punidas.
Fonte: Um Só Planeta