Doença que provoca verrugas em tartarugas marinhas volta aparecer no sul da Bahia depois de cinco anos

Doença que provoca verrugas em tartarugas marinhas volta aparecer no sul da Bahia depois de cinco anos
Os animais doentes foram localizadas no trecho entre as Praias dos Milionários e a de Coruripe. — Foto: Reprodução / TV Santa Cruz

Cerca de três tartarugas-verdes foram diagnosticadas com fibropapilomatose, caracterizada pela presença de múltiplos tumores de cores variadas na pele dos animais, em praias de Ilhéus, no sul da Bahia. A doença voltou a aparecer no litoral da cidade depois de um intervalo de cinco anos.

Vídeo: Doença contagiosa volta a aparecer e mata tartarugas marinhas na região da costa de Ilhéus.

Os animais doentes foram localizados no trecho entre as praias dos Milionários e a de Coruripe. De acordo com Wellinton Laudano, médico veterinário, e participante do Projeto A-MAR, que visa a preservação das especieis aquáticas, a poluição causada pelos humanos pode contribuir no aparecimento da doença.

“Alguns fatores ambientais fazem com que ela [a doença] comece a ser estimulada, a multiplicar, e o animal ter os sintomas. Alguns fatores como estresse, a falta de alimentação, a poluição, principalmente a química, faz com que a doença que está latente comece a proliferar e dar os sintomas e [levar ao] óbito dos animais, na maioria das vezes”, afirmou Laudano.

Apesar de apenas a espécie verde ser identificada com os sintomas, a fibropapilomatose pode acometer todas as tartarugas.

“Afeta todo tipo de tartaruga, mais comumente a tartaruga-verde, que usa nosso litoral para alimentação. Então, quando elas são jovens, elas usam nosso litoral para alimentação. É um animal que está vulnerável, não está mais em risco de extinção. Mas afeta todo tipo de tartaruga”, disse.

As tartarugas afetadas pela doença, apresentam no corpo verrugas, visíveis a olho nu, com cores que variam do tom roxo esbranquiçado até a coloração negra. A fibropapilomatose não acomete os humanos, porque não se trata de uma zoonose.

“A doença tem como principal sintoma a formação de tumoração no animal. Pode acometer a nível interno, quando isso ocorre o animal vai a óbito. Não é contagiosa para os humanos, não é uma zoonose, portanto. Acomete somente tartarugas marinhas e outros animais marinhos. Hoje, no nosso litoral, a gente monitora entre Maraú e Canavieiras”, disse Wellinton Laudano.

A recomendação é que, caso alguém identifique um animal infectado, busque ajuda e não toque nas tartarugas.

“Se encontrar o animal acione o projeto A-MAR, através do (73) 9 8122-2850, não toque no animal. Se tiver que retirar da água, se tiver vivo para ele não se afogar, use a luva ou algum plástico”, orientou o médico veterinário.

Fonte: G1

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