Duas aves marinhas morrem em Florianópolis (SC) devido a equipamentos de pesca esportiva

A R3 Animal é responsável pelo PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), em Florianópolis, que monitora a região das praias e realiza atendimento veterinário aos animais resgatados vivos ou necropsia dos encontrados mortos. As duas aves resgatadas tiveram contato com apetrechos usados na pesca de lazer.
O primeiro caso ocorreu no Pântano do Sul, no dia 17 de março. Uma gaivota foi resgatada com vida na praia, mas acabou morrendo durante o transporte para o CePRAM/R3 Animal. A necropsia constatou que houve perfurações no esôfago e traqueia, ambas causadas pela ponta do anzol.
“No exame anatomopatológico, foi possível observar que a ingestão do anzol não foi recente, pois já havia alterações teciduais sugestivas de processo inflamatório/infeccioso secundário em sistemas digestório, respiratórios e cardiovascular que contribuíram para o óbito do animal. Além disso, havia pouco conteúdo alimentar e alterações compatíveis com gastrite”, explica a veterinária Marzia Antonelli.
O segundo caso foi um biguá entregue ao Projeto Tamar por moradores. O animal chegou com vida ao CePRAM e foi submetido a exames de imagem que confirmaram a presença de dois anzóis, um localizado na região gástrica e outro na região do esôfago, com perfuração próxima ao coração. Infelizmente, a ave não resistiu e morreu durante o procedimento.
“A presença dos anzóis em esôfago e estômago prejudicou a ingestão de alimento, e o traumatismo causado pelas perfurações, possivelmente, causou dor e levou a processos inflamatórios e infecciosos que debilitaram os animais colaborando com os óbitos”, analisa Marzia.
Caso aviste animais marinhos em contato com instrumentos de pesca, não corte ou puxe a linha, pois ela poderá servir para a retirada do anzol, ou causar uma lesão ainda maior. Nestes casos, ligue imediatamente para a R3 Animal no 0800 642 3341.
Fonte: ND Mais