Égua é encontrada ferida, caída, debilitada e passa por eutanásia em Uberaba, MG
A vereadora e militante da causa animal Denise Max, nesta quarta-feira (12), usou as redes sociais para denunciar caso de possível maus-tratos a uma égua no bairro Jardim Uberaba. O animal foi encontrado caído, debilitado, sem acesso a água e comida, em meio a fezes e ambiente com pregos, madeiras e pedras e teve que ser submetido ao procedimento de eutanásia.
De acordo com a denúncia, um profissional do Hospital Veterinário de Uberaba (HVU) já teria ido ao local na terça-feira (11), mas não teria sido possível tomar atitudes sem a presença do responsável, que não foi encontrado no dia. Já na quarta, Denise levou equipe própria para atender o animal e encontrou situação “deplorável” no ambiente, com muitas fezes e objetos cortantes. Como a égua estava caída deitada, o material foi se acumulando por debaixo do tronco dela.
A parlamentar acionou os órgãos de segurança e a Guarda Civil Municipal compareceu com o mesmo veterinário que esteve no local no dia anterior. Desta vez, o responsável foi localizado e também acompanhou a ocorrência.
Feitas as análises, o veterinário definiu que não foi possível confirmar o caso de maus-tratos e conferiu as lesões identificadas no animal. A versão é contestada pela vereadora. “Ele fala que ela teve uma lesão. Mas teve lesão porque o terreno é cheio de tábua, pedra, ferro. Só tem uma cobertura para duas éguas, uma sujeira sem condição. Tudo errado. Essa égua estava caída sem água, sob o sol. Não entendo falar que não é maus-tratos”, diz.
Devido ao seu estado de saúde, o animal teve que ser submetido ao procedimento de eutanasia, mas somente após autorização do tutor, o que também foi questionado por Denise Max.
Em resposta aos questionamentos do Jornal da Manhã, o HVU afirma que é acionado somente por forças de segurança e fiscalização, como a Polícia Militar Ambiental e Guarda Civil Municipal. Neste caso, o apoio médico foi solicitado pelo Departamento de Posturas da Prefeitura de Uberaba.
Apesar da equipe do Hospital ter comparecido e conferido a situação da égua, nenhum laudo foi confeccionado. A instituição explica que o procedimento só é feito caso seja exigido pela fiscalização, o que não aconteceu desta vez.
“A equipe do HVU foi acionada pelo Departamento de Posturas e esteve presente no local nos dias 11 e 12 para prestar atendimento ao animal. Devido ao sofrimento que a égua estava no momento do atendimento, os profissionais precisaram realizar a eutanásia. Não foi emitido nenhum laudo por parte do hospital, pois o HVU emite laudos APENAS sob a solicitação formal do documento por autoridades, como polícia ou ministério público. Caso o hospital receba o pedido de tais autoridades, o laudo será emitido”, diz a nota.
Fonte: JM Online