“Ela disse que ele está vegetando”, diz tutora de cão sobre ameaças de protetora para tirar animal da família

A CGN conversou na noite desta terça-feira (26), com Karina da Silveira Pacheco, que relatou uma situação complicada que tem vivenciado.
Conforme o relato de Karina, uma mulher que mora nas proximidades de sua residência e se diz protetora e representante de uma ONG, alegou que o animal está sofrendo maus-tratos.
Karina contou que pegou o cãozinho com uma semana de vida e hoje, com três meses de idade, Lobinho é tratado como um membro da família.
Segundo ela, a vizinha que se diz protetora, foi ao condomínio em que ela mora, invadiu o local e tirou fotos do animal, dizendo que ela seria denunciada e perderia o cão.
Ela também contou que quatro famílias moram no condomínio e por isso o animal fica dentro do imóvel, já que, como tomou as vacinas recentemente, ainda não pode ter contato com os outros animais que ficam soltos no terreno.
Hoje, novamente a mulher voltou à casa da família de Karina, teria entrado sem permissão e tirado novas fotos do animal dizendo que ele estava vegetando e mau cuidado.
Karina ressaltou que o animal é bem cuidado e que tem amor pelo bichinho. Ela destacou que diversos animais de rua estão passando fome e precisam de cuidados, atenção que pode ser dada pela tal protetora.
O que disse a protetora
A CGN esteve em contato com a protetora que apresentou outra versão para os fatos. Atuando na proteção de animais de rua e em situação de maus-tratos há bastante tempo, ela disse que apenas orientou a proprietária do animal que estava amarrado.
Segundo a protetora, após uma denúncia de um morador, ela foi ao local para verificar a situação e se deparou com o animal amarrado. Ela disse que conversou amistosamente com Karina e a orientou que o animal não poderia ficar preso na corrente, pois atualmente é considerado crime.
Por estar com diarreia, a protetora disse que era importante consultar o animal, mas a tutora teria relatado que estava sem dinheiro, momento em que a protetora disse que conseguiria a vacinação e inclusive a castração com valores de ONG, podendo pagar em outro momento, inclusive.
A protetora ressaltou que em nenhum momento foi ao local para tirar o animal de Karina, já que as ONGs estão lotadas e não há motivos para retirar um animal, desde que ele não esteja em situação de maus-tratos. Ela evidenciou que quando voltou hoje à residência, o animal estava solto, tomado banho e com a vacina que ela havia orientado a proprietária e oferecido alternativas.
Ela também destacou que o trabalho das ONGs e dos protetores de animais é extremamente sério e que não pode ter a imagem “manchada” por conta de inverdades ou má interpretação. A protetora disse ainda que acredita que Karina tenha se sentido acuada, no entanto, a orientação e cobrança serviu para que o animal fosse solto e permanecesse em melhores condições.
Em um comentário na página do Facebook da CGN, uma outra protetora se manifestou e reforçou o que já havia sido dito pela protetora envolvida no caso.
“Temos fotos e vídeos que comprova sim que o animal vivia e situação de maus-tratos. A Protetora que atendeu o caso tem como contestar tudo, chamou inclusive uma veterinária para atender o pet. O que ocorre é que a tutora do animal o mandou em uma agropecuária para dar uma vacina e um banho agora ele está solto, apenas depois da visita da protetora, então funcionou a denuncia. O que não podemos aceitar são ataques ao nosso trabalho. Quando tem um animal ferido , abandonado, mau-tratado ou que simplesmente está incomodando alguém, são as protetoras que são lembradas. A responsabilidade de cada animal é do seu tutor, ninguém vai implicar com um animal bem cuidado. Você tem a obrigação de manter no mínimo uma boa alimentação, vacinas , castração, higiene e bem estar do animal. Previsto no artigo penal maus-tratos é crime, a protetora fez a orientação ainda ofereceu ajuda, esperamos que a senhora tenha aprendido como se deve cuidar do seu pet. E se quiser aparecer na CGN, parabéns, poderia aparecer fazendo algo útil. Nós protetores somos voluntários, não é obrigação nossa salvar todos os animais, mas vamos continuar auxiliando”.
Por Deyvid Alan
Fonte: CGN