Elefante-marinho ‘Fred’ se recupera e volta ao mar no Espírito Santo

Elefante-marinho ‘Fred’ se recupera e volta ao mar no Espírito Santo
Fred se recuperou e voltou ao mar na segunda-feira | Foto: IPRAM

Depois de 139 dias de tratamento, após ser resgatado magro e com a saúde debilitada em uma praia do litoral norte do Espírito Santo, o elefante-marinho ‘Fred’ voltou às águas do mar. Recuperado e com alta veterinária, o animal foi solto nesta segunda-feira, 12, na praia do Guriri, no município de São Mateus, na mesma região em que havia sido resgatado. Ele foi retirado da praia em janeiro, após apresentar grande perda de massa corpórea e feridas não cicatrizadas pelo corpo. Antes, ‘Fred’ havia sido avistado em várias praias litorâneas, desde Vila Velha, na Grande Vitória. Ele chegou a ser molestado por moradores, que atiraram paus e pedras.

Durante o tratamento por biólogos e veterinários, o animal recebeu medicação e ingeriu entre 20 e 30 quilos de peixes por dia. Com isso, recuperou a sua forma natural. ‘Fred’, nome dado pelos moradores locais, foi mantido em uma base do Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobrás, executado pela empresa Scitech, com apoio do Instituto Mamíferos Aquáticos e do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram).

Antes de ser devolvido ao mar, ‘Fred’ passou por vários exames que comprovaram a ausência de agentes infecciosos que podem acometer a espécie. As análises foram feitas por instituições como o Laboratório de Zoonoses Bacterianas e Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens da Universidade de São Paulo (USP). A operação de soltura foi realizada com apoio do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Rio Grande (RS) e do Instituto Baleia Jubarte.

Caso ‘Fred’ seja reavistado em alguma praia, ele será mais facilmente identificado pelos pesquisadores, pois recebeu brincos com numeração nas nadadeiras posteriores e um chip sob a pele. Também foi equipado com uma antena que possibilitará que seu deslocamento seja monitorado via satélite. O objetivo é conhecer melhor o comportamento da espécie no litoral brasileiro.

Por José Maria Tomazela

Fonte: Estadão

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