Elefantes regressam ao seu habitat em Angola

Elefantes regressam ao seu habitat em Angola
Está por se apurar o número de elefantes que já regressou ao município do Rivungo (Fotografia: Nicolau Vasco| Edições Novembro | Cuando Cubango)

O Parque Nacional do Luengue Luiana, no município do Rivungo, província do Cuando Cubango, continua a registar o regresso massivo de manadas de elefantes, que, durante o período de guerra que assolou o país, tinham fugido para o Botswana, Namíbia e Zâmbia.

A informação foi revelada ontem pelo administrador municipal do Rivungo, Júlio Vidigal, que na oportunidade acrescentou ser urgente que Ministério do Ambiente, em coordenação com o Governo da província do Cuando Cubango, trabalhe para  apurar o número real de elefantes no Parque Nacional do Luengue Luiana e também nas zonas de transição.

Segundo Júlio Vidigal,  até agora não se sabe o número de elefantes neste parque ou que entram todos os dias em Angola. “Esse inventário deve ser feito também no Parque Nacional de Mavinga, que tem uma extensão de 46.072 quilómetros quadrados”, disse Júlio Vidigal, que acrescentou que o Parque Nacional do Luengue Luiana continua a registar uma redução significativa de abate de elefantes, fruto do reforço da fiscalização   dos fiscais ambientais e dos efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional.

Júlio Vidigal explicou que desde Janeiro  foi registado apenas o abate de cinco elefantes no Parque Nacional do Luengue Luiana, que tem uma extensão de 22.610 quilómetros quadrados.

Júlio Vidigal sublinhou que comparativamente aos anos de 2013, 2014 e 2015 houve uma diminuição significativa de casos de abate de elefantes, tendo em conta que anualmente se registava a morte de 20 a 30 animais, sobretudo por caçadores furtivos namibianos e zambianos.

Júlio Vidigal defendeu o reforço do número de fiscais ambientais nos parques nacionais do Luengue Luiana e de Mavinga, para uma melhor protecção da fauna e da flora.

“Continuamos a registar nos últimos dias uma redução considerável de abate de animais nos Parques Nacionais de Mavinga e do Luengue Luiana, graças ao grande esforço dos fiscais ambientais e dos efectivos das FAA e da Polícia Nacional, que não têm olhado a meios para neutralizar os caçadores furtivos, que tentam a todo o custo abater elefantes para o comércio ilegal de marfim”, disse Júlio Vidigal, para explicar que os parques nacionais de Mavinga e de Luengue Luiana possuem uma diversidade de fauna e flora que constituem o principal postal de visita para os turistas que futuramente vão visitar o projecto transfronteiriço Kavango-Zambeze (KAZA), na componente angolana.

“O projecto abrange o Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe e na parte angolana inclui uma área de 87 mil quilómetros quadrados, nos municípios do Cuito Cuanavale, Mavinga, Rivungo e Dirico,  onde se pode encontrar animais como elefantes, hienas, leões, búfalos, hipopótamos, palanca real, girafas, javalis, cabras do  mato”, concluiu.

Administração requalifica a cidade

A administradora-adjunta de Menongue para a área técnica e infra-estruturas, Carme Chamba, afirmou que a distribuição de lotes para autoconstrução dirigida de moradias visa a urbanização e requalificação da cidade capital do Cuando Cubango. A responsável falava no final do lançamento do projecto de distribuição de lotes na reserva fundiária do Mupambala, com cerca de 2.034 loteamentos.

Segundo a administradora-adjunta,  a Administração pretende uma urbanização de qualidade em Menongue e nesse sentido tem  eliminando as construções anárquicas, num trabalho conjunto com a Direcção do Território, Urbanismo e Ambiente.

Carme Chamba assegurou que um dos primeiros passos foi a estratégia da proibição de vendas de terrenos por outras autoridades.

Por Carlos Paulino

Fonte: Jornal de Angola / mantida a grafia original

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