Eleições chegando e políticos nada fizeram para acabar com a exploração de cavalos em charretes de Campos do Jordão, SP

Eleições chegando e políticos nada fizeram para acabar com a exploração de cavalos em charretes de Campos do Jordão, SP
Foto ilustrativa

​​Em dezembro de 2019, a Câmara Municipal de Campos do Jordão (SP) aprovou o projeto de lei n º 73/2019, que regulamentou e estabeleceu continuidade da exploração de animais para a tração de charretes turísticas.

Apesar de cientes sobre os argumentos para que o projeto fosse rejeitado e substituído por um que vedasse a atividade, o prefeito Fred Guidoni (autor do projeto), o presidente da Câmara, o vereador Filipe Cintra e os demais parlamentares preferiram ignorá-los e mantiveram a escravidão dos cavalos criando a lei 4023/2019.

A campanha “Campos da Escravidão!“, promovida por ativistas da causa animal, enviou mensagem para associações, hotéis, restaurantes e outras empresas ligadas ao setor turístico de Campos do Jordão, dando conhecimento e esclarecimentos sobre o tema. Os protetores também difundiram pela internet um banner e que pedem para que os turistas considerem não visitar Campos do Jordão em virtude do tratamento dispensado aos animais naquele município. O abaixo-assinado virtual contra o uso dos animais nas charretes, encerrado hoje, reuniu mais de 8,500 assinaturas.

Mensagens foram enviadas para o prefeito e vereadores após a votação, expondo alternativas à tração animal, mas a vontade de manter os cavalos sob regime de escravidão foi maior. Incapazes de olhar para as mudança no mundo, até hoje nada fizeram para a substituição das charretes.

“O processo civilizatório avança e a sociedade cada vez menos tolera a imposição de sofrimento aos animais”, afirmam os ativistas, que querem que a substituição da tração animal por outras forças motrizes. “O sofrimento dos cavalos atrelados a charretes é cotidiano. O raciocínio é simples: além das exaustivas jornadas de trabalho, manter um animal do porte de um cavalo com todos os cuidados que devem receber (alimentação adequada, suplementos, atendimento veterinário, medicamentos, etc.) inviabiliza economicamente seu uso para os passeios”, concluem os protetores.

Cidades já baniram o uso de charretes e carroças ou estão em vias de fazê-lo. Petrópolis (RJ), por exemplo, adotou as charmosas ‘carruagens elétricas’. Na Ilha de Paquetá (RJ) as tradicionalíssimas charretes foram banidas, Porto Alegre (RS) disse adeus às carroças, Aparecida (SP) já se comprometeu com o fim das charretes. Os protetores propõe que os charreteiros sejam capacitados para a condução de veículos elétricos ou para outras atividades profissionais.

A carruagem elétrica adotada em Petrópolis, RJ, é uma da opções disponíveis.
A carruagem elétrica adotada em Petrópolis, RJ, é uma da opções disponíveis.

Eleições municipais

As eleições 2020 estão chegando. Em dezembro, os cidadãos escolherão seus novos representantes e os ativistas apelam para que os eleitores de Campos do Jordão NÃO REELEJAM os que agem contra os animais. Pedem que apoiem candidatos que se comprometam com o fim da tração animal e de outras formas de abusos e maus-tratos contra os bichos.

Lembrando que o nefasto projeto foi apresentado pelo prefeito Guidoni, veja quem VOTOU CONTRA OS ANIMAIS:

  • Luiz Filipe Costa Cintra – “Filipe Cintra” – PHS
  • Venício José do Prado – “Vinício” – PSB
  • Claudio Adão da Silva – “Claudio Adão” – PHS
  • Paulo Sérgio Pereira Assaf – “Paulo Assaf ” – PSDB
  • Alexandre André do Nascimento – “Xandão” –PSB
  • Antônio Silveira da Cruz – “Pastor Antônio” –PSDB
  • Carlos Artur de Oliveira – “Artur Bombeiro” – PSDB
  • Claudemir de Faria – “Tustão da Reciclagem” – PV
  • José Matos da Costa – “Matos” – PSD
  • José Waldecir dos Santos – “Zézito” – PV
  • Ricardo Malaquias Pereira Júnior – “Malaquias Júnior” – PR

Fonte: Olhar Animal

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