Em tratamento contra o câncer, protetora busca tutores para cães resgatados por ela: ‘Para adotar é preciso, acima de tudo, amar aos animais’

Em tratamento contra o câncer de mama, uma protetora de animais está buscando por pessoas, que tenham amor e responsabilidade, para adotar os cães que ela cuida. Lúcia Ribeiro já chegou a ter 52 cachorros em casa, muitos deles foram resgatados das ruas e estavam debilitados. Ela mora em Montes Claros, MG.
“Em fevereiro de 2012, resgatei o primeiro cachorro perto de onde minha mãe morava. Ele estava só couro e osso, levei para casa e procurei por um veterinário. Em seguida, achei outro cão no bairro São Judas, cheio de carrapatos, resgatei também e dei todo a assistência que ele precisava.”
A professora aposentada fala que os cães resgatados recebem todo o tratamento, que incluiu consultas, exames e medicamento. Em seguida, ela os levava para feiras de adoção ou entregava para pessoas que manifestavam o interesse em ficar com os bichinhos. Conforme o tempo foi passando, Lúcia resgatou mais animais, que ainda continuam com ela.
“Eu estou querendo que sejam adotados por três fatores: minha idade, a necessidade de me tratar e também pelos gastos, que não poucos. O tratamento contra o câncer é muito agressivo e eu já não terei mais condições de cuidar deles como merecem”, fala.
A protetora esclarece que está colocando para a adoção apenas os cães saudáveis e também destaca que quem se prontificar a adotar deve estar ciente da responsabilidade que esse ato exige.
“Para adotar é preciso, acima de tudo, amar os animais. Se fosse por minha vontade, não queria que nenhum deles fosse embora, já chorei muito por isso, inclusive. Mas na minha situação, eu realmente preciso encontrar lares para eles.”
Com pesar, ela lembra de uma mulher que adotou dois dos cachorros que ela cuidava.
“Ela disse que a fêmea, Rebeca, tinha saído para a rua quando o portão foi aberto. E o filhote estava sendo deixado preso na corrente, uma crueldade.”
Ao se deparar com situação, Lúcia pegou o bichinho e levou de volta para sua residência.
Mas, em outra situação, ela fala de uma experiência muito positiva relacionada à adoção.
“Minha vizinha ganhou um shitzu e não podia ficar com ele. Eu já tinha 18 cachorros e o levei comigo. Passou um tempo e me falaram de uma criança que o médico recomendou que a família adotasse um cachorro para ajudar no tratamento médico e ele foi levado. Com certeza ajudou a melhorar a saúde dela, porque os bichinhos são assim, só oferecem amor, sem pedir nada em troca.”
O telefone para ajudar ou adotar é o (38) 99869-7047.

Por Michelly Oda
Fonte: G1