Empresária relata omissão da polícia e ajuda a resgatar cachorro-do-mato atropelado
Uma fêmea de cachorro-do-mato atropelada em Campinas (SP) teve o resgate improvisado após ter sido encontrada por uma empresária em uma estrada que dá acesso ao distrito de Sousas.
Ana Maria Immer conta que ligou para a fundação responsável pela Mata Santa Genebra para tentar apoio, mas foi orientada a procurar pela Polícia Ambiental. Entretanto, segundo ela, a corporação teria sido omissa ao passar orientações sobre o que ela deveria fazer com o animal.
O caso ocorreu no domingo (19). “Aí veio o pior da história porque a orientação da polícia foram duas opções: deixar o animal lá [na via] ou levar o animal para a minha casa […]”, ressalta.
O resgate
Ana Maria lembra que viu o animal quando passava de carro pela região com o marido. Ao observar que o animal estava vivo, retornaram e no local encontraram duas pessoas dispostas a ajudar. Segundo ela, o marido colocou o a fêmea de cachorro-do-mato em uma caixa de papelão que estava dentro automóvel, embora não tivesse nenhuma proteção para manuseio.
A coordenadora de fauna da Associação Mata Ciliar faz um alerta sobre a situação. “Ninguém é apto para socorrer um animal silvestre. Pode ser que aquele animal estivesse doente e veio a ser atropelado posteriormente […] É claro que órgãos públicos são competentes, o que acontece muito em fim de semana principalmente é que um empurra para o outro”, diz Cristina Harumi Adania.
Em meio ao improviso, o animal foi levado dentro do porta-malas do veículo em percurso que durou 40 minutos até o espaço onde recebeu atendimento. Por causa do atropelamento, foram diagnosticados ferimentos internos graves e a sobrevivência é incerta. “Bastante preocupante”, falou a veterinária da Associação Mata Ciliar Ana Beatriz de Oliveira Gomes.
Sem respostas
A assessoria da Prefeitura alegou que o resgate de animais silvestres não é de competência do município e, por isso, a responsabilidade é da Polícia Ambiental. A EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com a corporação, mas não houve respostas até esta publicação.
Fonte: G1