EPTC recupera mais de 50 cavalos em sete meses em Porto Alegre, RS

EPTC recupera mais de 50 cavalos em sete meses em Porto Alegre, RS
EPTC recupera mais de 50 cavalos em sete meses em Porto Alegre, RS

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) alerta para os riscos de cavalos soltos nas ruas e informa que segue com o programa de adoção de animais. De janeiro a julho deste ano, foram entregues para adoção 56 cavalos recuperados após terem sido recolhidos em ações de fiscalização. Todos os animais são entregues tratados e com chip de identificação.

“Os animais resgatados são levados para a área de acolhimento da EPTC onde recebem alimentação e medicação adequada. E quando estiverem aptos e saudáveis, entram para o processo de adoção”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.

O adotante deve possuir local adequado para manter o cavalo em boas condições e se inscrever através da Carta de Serviços da prefeitura para ser fiel depositário do animal, com responsabilidades. O animal não poderá ser submetido a qualquer tipo de trabalho, especialmente os de tração, como guia de carroças, charrete e arado. Também não poderá ser usado em práticas esportivas como saltos e corridas.

O agente de fiscalização Gilberto Machado Fonseca explica que nesta época é comum o abandono dos equinos. Em 2023, já foram recolhidos mais de duzentos cavalos em áreas de circulação proibida ou vítimas de maus-tratos e abandonados nas ruas de Porto Alegre, sendo mais de 20 somente em agosto. No inverno a demanda é mais recorrente por conta da falta de pastagem, quando a alimentação fica mais cara, e algumas pessoas acabam por abandonar os cavalos nas ruas. “Por isso, o trabalho dos agentes é fundamental, já que estes animais soltos nas vias oferecem risco à segurança viária”, destaca.

Atualmente, o abrigo conta com 27 cavalos albergados e 17 estão aptos para adoção. A EPTC acompanha todo o processo adotivo e anualmente realiza vistorias para verificar a situação dos animais com as novas famílias. Neste ano, já foram realizadas 38 vistorias. O objetivo é zelar pelo bem-estar dos equinos.

De acordo com a legislação vigente, a Lei Municipal nº 10.531/08 , somente é permitida a utilização de veículos de tração animal (VTA) nas vias públicas da área urbana, no Extremo-Sul, e na região das ilhas, em rotas e baias que sejam autorizadas pelo Executivo Municipal.

A Equipe de Veículos de Tração Animal (EVTA) da EPTC tem a atribuição de recolher os cavalos nas vias, que podem ocasionar acidentes de trânsito, fiscalizar a circulação de carroças e denúncias de maus tratos aos equinos e possui o atributo da guarda e recuperação dos animais, bem como de promover a adoção dos mesmos.

Denúncia

No caso de cavalos abandonados ou maltratados, é importante que os cidadãos entrem em contato pelos telefones 118 e 156 do Atendimento ao Cidadão para orientar as ações de fiscalização. Se o fato for constatado, é feito o recolhimento. O animal é levado para a área de acolhimento, na Zona Sul, onde recebe alimentação adequada, além de medicação. No ano passado, a EPTC recebeu 1.118 chamadas relativas a cavalos. Dessas, 69 foram de maus-tratos e 882 de animais soltos nas ruas.

Abrigo

O serviço de remoção e guarda de animais da EPTC conta com caminhão equipado com guincho munck, capacidade para recolhimento de cinco cavalos, baias em alvenaria para equinos debilitados, assistência veterinária e funcionários para tratamento, limpeza, manutenção do campo e atendimento ao público. O abrigo possui área de pastagem, além de cocho de alimentação e bebedouro para os animais. Em caso de animais recolhidos por maus-tratos, após recuperados e aptos pela avaliação médica veterinária, são encaminhados para adoção.

O abrigo é aberto à visitação mediante agendamento e fica localizado na Estrada da Taquara, 1115, bairro Lami.

Fonte: Terra

Freio na boca do cavalo serve para quê? Explicações de Alexander Nevzorov

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.