Família faz funeral a cadela desaparecida. Dias depois, encontra-a com vida

Família faz funeral a cadela desaparecida. Dias depois, encontra-a com vida

Tudo aconteceu numa questão de cinco dias. Maisie fugiu com pânico do fogo de artifício. Dois dias depois, a família encontrou um corpo à beira da estrada, acreditando ser o da cadela. Preparou-lhe um funeral e começou o luto. Tudo para a encontrar 48 horas depois.

Foi na manhã de dia 5 de novembro que as redes sociais dos grupos de animais do condado de Suffolk, no Reino Unido, se encheram de fotografias de uma Springer Spaniel castanha. Codie Hutton, 26 anos, apelava para que os vizinhos ficassem de olhos bem atentos a Maisie, que tinha desaparecido perto de Woodbridge.

A família estava a caminho da sua casa, em Stowmarket, quando decidiu fazer uma paragem para dar um pequeno passeio com a cadela de nove anos. De repente, soltam-se vários foguetes, o que pregou um grande susto a Maisie: “Ela só fugiu. Diretamente para fora do carro”, contou ao jornal local de Hatton, no mesmo condado, “East Anglian Daily Times“.

“Era tão cedo que nunca esperei que houvesse fogo de artifício. Só a deixei sair para dar uma volta com a trela. Bastou isso, para ela desaparecer”, lamentou.

Procurou pelas ruas, afixou cartazes, respondeu a todos os avistamentos e até acampou no local onde ela tinha desaparecimento. No entanto, a pior notícia que podia ouvir chegou dois dias depois.

Codie recebeu uma chamada a dizer que tinham encontrado um corpo morto à beira da estrada. “Ficámos convencidos de que era ela, pela cauda e pelas marcas nas pernas”, confirmou a tutora.

Apesar de se terem dirigido ao veterinário e de não ter sido encontrado qualquer microchip, a família decidiu fazer o luto. Enterrou o corpo no quintal, juntamente com uma placa com o seu nome, umas flores e uma fotografia de Maisie com o filho mais novo de Codie, Taylen, três anos: “Disse ao Taylen que ela agora é uma estrela no céu dos cães. Foi devastador”.

Apesar de Codie ter feito “paz com a sua morte”, várias chamadas de avistamentos de Maisie tornavam difícil o processo. Foi então, 48 horas após o funeral, que uma mulher ligou com a certeza de que tinha visto a Springer Spaniel perto de uma escola. Inicialmente, pensou que pudesse ser o cão de outra pessoa, mas a fotografia que recebeu provava que estava enganada.

“Achava que ela estava morta e que nunca mais a ia voltar a ver. Não conseguia acreditar que era a minha Maisie”.

O pai de Codie acabou por ir buscá-la, e deu de caras com mais de 20 pessoas, que se juntaram para proteger a cadela, até algum familiar aparecer. Levou logo Maisie para casa e para os braços da sua mãe: “Puseram-na no meu colo e ela estava a chorar de entusiasmo”.

Maisie escapou de toda a experiência com apenas uma pequena infeção na cauda. Já em relação ao animal morto, enterrado no quintal, a família acredita poder tratar-se de uma raposa.

A cadela já recebeu todos os cuidados veterinários e está muito feliz em casa. Codie está eternamente agradecida a toda a gente que a ajudou a encontrá-la, especialmente a Sam French, uma voluntária da Finding Ipswich Dogs Organisation (FIDO), por ter colaborado com cartazes e câmaras. Como tal, organizou um GoFundMe, para doar 700€ (equivalente a 600 libras, de acordo com a taxa de câmbio atual) à organização.

Carregue na galeria para ver algumas fotografias de Maisie, junto da família.

Por Carolina Jesus

Fonte: Pit / mantida a grafia lusitana original

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