“Faria de novo”, diz mulher que matou gato a tijolada em Campo Grande, MS

“Faria de novo”, diz mulher que matou gato a tijolada em Campo Grande, MS
Gatinho morto pela mulher tinha apenas três meses (Foto: Divulgação)

A mulher presa por matar um filhote de gato no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande, afirmou ao delegado Maércio Alves Barbosa, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), que agiu em um momento de raiva, mas que faria de novo. Ela foi liberada nesta quinta-feira (26) e terá que pagar uma multa de R$ 1,5 mil pelo crime.

O caso aconteceu na tarde do dia 24 de janeiro. A mulher de 42 anos mora em um condomínio de casas no bairro, bem ao lado das tutoras do gatinho: mãe e filha, de 41 e 14 anos. As duas possuem nove gatos e segundo a mulher presa, os animais costumam “fazer sujeira” na porta da casa dela.

No dia do crime, a suspeita havia passado a noite bebendo e ao encontrar o gatinho na frente da sua casa, arremessou o primeiro objeto que encontrou: um tijolo. Em depoimento, afirmou que não se lembrava o que era.

Ela acertou o animal, que morreu na hora. O gatinho, chamado de Mário pela família, tinha apenas três meses e pertencia a adolescente de 14 anos. A menina presenciou a cena e avisou a mãe. Ela contou também foi xingada pela mulher, que estava visivelmente bêbada.

Para a polícia, a mulher negou ter xingado a menina, mas confessou ter matado o filhote. “Ela confessou, falou que realmente atirou o tijolo no animal, que matou e que faria novamente”, detalhou o delgado.

“Ela deveria ter procurado os órgãos sanitários, comunicado, os órgãos sanitários e administrativos, ou até a polícia, para que fosse tomada às providências em relação a essa quantidade excessiva de animais que a moradora tinha em casa”, reforçou Maércio.

A mulher foi presa em flagrante pelo crime de maus-tratos e ainda foi multada pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em 1,5 mil pelo crime, que tem pena de dois a cinco anos de reclusão.

“Polícia saliente que um indivíduo que é conduzido para a delegacia de polícia de flagrante de maus-tratos e sendo comprovado esse maus-tratos, ele não recebe fiança. Ele fica preso. É muito importante isso, se tratando de cães e gatos”, reforçou o delegado Máercio.

No caso da presa por matar o gatinho Mário, a justiça permitiu que responda ao crime em liberdade, mas para isso, ela precisará ficar em casa todos os dias de noite, não ter contado com a dona do animal e ainda fazer acompanhamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

Por Geisy Garnes e Lorena Segala

Fonte: Primeira Página

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.