Festas de San Fermín: morte na arena

Tradução de Flavia Luchetti
A cada 7 de julho acontece em Iruña, Pamplona, uma das festas taurinas mais importantes do mundo. A tensão é cada vez maior entre grupos defensores dos animais e aqueles que defendem a matança de dezenas de touros e os maus-tratos de outros animais justificando-se com velhas tradições e costumes.
Vários animais, e não somente os touros, são vítimas de uma discriminação conhecida como especismo, e a tauromaquia não é mais que uma das múltiplas materializações desse sistema de dominação.
As vacas, as galinhas, os porcos, as ovelhas e outros animais apreciam suas vidas e evitam sempre que possível qualquer situação que lhes cause dor ou que ponha em risco suas vidas. Se não nos opomos a tauromaquia porque consideramos desnecessário fazer sofrer a terceiros, devemos sob este mesmo princípio nos opor a qualquer outra prática onde os animais sejam submetidos contra sua vontade.
Mas os taurinos têm razão em um ponto: reivindicar a abolição da tauromaquia enquanto milhões de animais são condenados a uma vida miserável em consequência do consumo de carne, lácteos ou ovos supõe uma contradição que enfraquece ainda mais a ideia dos direitos dos animais. Enquanto que para os taurinos é apenas um subterfúgio que busca seguir legitimando a matança de touros, para o movimento abolicionista de Liberação Animal é o caminho a ser seguido.
Se partirmos do principio de que ferir injustificadamente a outros não é legítimo, a consequência lógica é tornar-nos veganos, opor-nos frontalmente a opressão e a escravidão das quais são vítimas milhões de animais e deixar de participar da sua exploração.
Pelas razões citadas, a partir deste espaço, se reivindica a abolição da tauromaquia com apoio do movimento Liberação Animal.
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