Filhote de égua é resgatado de esgoto, mas acaba morrendo, em Ibiá, RS

Filhote de égua é resgatado de esgoto, mas acaba morrendo, em Ibiá, RS
Potrinha foi levada para clínica veterinária, mas estava muito debilitada e não resistiu - Crédito: ONG Patinhas da Esperança

Populares resgataram o filhote de uma égua que estava caída numa vala, em meio ao esgoto de um córrego, ontem, sexta-feira, dia 20, no bairro Germano Henke (Promorar). Era final da tarde quando foi vista uma égua e logo adiante a potrinha bastante debilitada. O morador pediu ajuda a um amigo e retiraram o filhote da valeta, levando para uma sombra, já que estava no sol intenso. Também deram água e uma medicação. Foi feito então contato com o vereador Talis Ferreira, que falou com Claudete Eberhardt, da ONG Patinhas da Esperança e que atua na causa animal.

Claudete conta que já estava anoitecendo e começou a fazer contatos com veterinários de cavalos, mas não conseguiu nenhum naquele horário. Então ela colocou a potrinha no seu carro e levou para a Clínica Veterinária Guadalupe, de Nova Santa Rita, que é especialista no atendimento de equinos. “Infelizmente ela não resistiu e faleceu”, lamenta Claudete. “O estado era muito grave. Era um filhote de no máximo um mês que estava com bicheira na boca e barriga, na altura do cordão umbilical, e muito debilitada. Não sei quantos dias estava sem conseguir mamar”, completa, pedindo políticas públicas também para animais de grande porte que necessitarem de atendimentos emergenciais, como vítimas de abandono, maus-tratos e acidentes. Ela lembra que os recursos foram disponibilizados apenas para atendimento de cães e gatos, incluindo também castrações. No caso dos animais maiores, foi aprovada em 2021 uma lei que estabelece a proibição gradativa de circulação e uso de veículos de tração animal, como carroças, no perímetro urbano, devendo entrar em vigor em 2024.

Outro problema tem sido animais de grande porte deixados em via pública, principalmente cavalos. Já ocorreram vários acidentes, resultando não só em morte e ferimento de animais, mas também vítimas nos veículos. Não existe um local público na região para encaminhamento para tratamento e recolhimento de animais de grande porte. Mesmo já tendo ocorrido várias reuniões tratando do assunto, ainda não existe uma punição para os donos de animais que deixam eles soltos e abandonados. Já no caso dos maus-tratos pode ocorrer punição, pois é considerado crime que pode resultar em multa e prisão, com aumento de pena quando resultar na morte do animal.

Secretária fala em avanço

Segundo a secretária municipal de meio ambiente de Montenegro, Taís Führ, infelizmente o município ainda não dispõe de um local público para abrigar e profissionais para atender os animais de maior porte. “Estamos agora finalizando para procedimentos de pequenos animais, que são vítimas de maus-tratos, atropelamento ou abandono. Uma clínica já se credenciou e assinou o contrato, devendo agora esta semana ser assinado pelo prefeito”, informou Taís.

Para a secretária, já houve um grande avanço. “Sabemos que a causa animal tem uma demanda enorme no município. Já evoluímos muito. As castrações passaram de 10 por mês para 100. Isso já foi um incrível avanço. E agora mais os procedimentos” ressalta Taís Führ.

Fonte: Jornal Ibiá

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