Filhote de ‘gato-maracajá’ domesticado é capturado por policiais em Santana, no Amapá

Filhote de ‘gato-maracajá’ domesticado é capturado por policiais em Santana, no Amapá
‘Gato-maracajá’ dócil foi capturado por policiais em Santana, no Amapá. — Foto: Batalhão Ambiental/Divulgação

Policiais que integram o Batalhão Ambiental (BA), da Polícia Militar (PM) do Amapá, capturaram nesta quarta-feira (18) um gato-maracajá, uma espécie selvagem. Ele estava no bairro Delta do Matapi, em Santana, na Região Metropolitana de Macapá. Foi o segundo dessa mesma espécie que foi encontrado domesticado, em menos de um mês.

Os policiais foram chamados por moradores através do 190, do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), que encontraram o bichano.

Animal é um filhote, de espécie selvagem. — Foto: Batalhão Ambiental/Divulgação

De acordo com o BA, o animal não tinha comportamento típico da espécie, estava manso, o que levantou a suspeita de que ele não estava em seu habitat. Para a PM, ele era criado em alguma residência como gato doméstico, e conseguiu fugir por algum descuido.

Devido à condição do gato-maracajá, ele precisa de tratamento para reaprender os hábitos naturais.

Pela manhã, a polícia teve dificuldades em entregar o animal para algum órgão realizar o procedimento. O Ministério Público (MP) do Estado recomendou a restrição da entrega de animais silvestres no Bioparque da Amazônia.

À tarde, o BA conseguiu, com autorização do MP, entregar o gato-maracajá ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

“Esse animal é puramente selvagem, está em extinção. Contudo, ele está tão domesticado que reage com se fosse um gato doméstico. Um crime sem precedentes”, pontuou o capitão Gabriel Souza.

Policiais do Batalhão Ambiental em Santana, no Amapá, encontraram o animal já dócil. — Foto: Batalhão Ambiental/Divulgação

No dia 28 de outubro, um outro gato-maracajá foi encaminhado ao Cetas. Desta vez, um morador, que mantinha o animal em casa há um ano, no município de Afuá, no Pará, fez a entrega voluntária para a Guarda Municipal de Macapá.

A Guarda destacou que manter animais silvestres em cativeiro é crime e pode render de 6 meses até 1 ano de reclusão.

Gato-maracajá foi entregue por morador ao Cetas. — Foto: GMM/Divulgação

Por Fabiana Figueiredo

Fonte: G1

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