Filhote resgatado de casa com cerca de 200 cães em Ribeirão Preto (SP) ganha família e nome: ‘Catarina Doroteia’
Um dos 80 filhotes resgatados no domingo (13) de uma casa onde mais de 200 cães eram mantidos em situação de maus-tratos em Ribeirão Preto (SP) ganhou uma nova família. A cadelinha adotada pelo servidor público Luiz Claudio Campos Machado também recebeu um nome.
Vídeo: Cães encontrados em casa na zona Sul de Ribeirão Preto, SP, são adotados.
“O nome dela é Catarina, em homenagem a Catarina von Bora, esposa de Martinho Lutero, reformador do século XVI. Catarina Doroteia Campos Machado”, explica o servidor.
Machado ficou sabendo do resgate dos animais ainda no domingo. Ele entrou em contato com uma ONG empenhada no socorro aos cães e se prontificou a ficar com um deles.
“Eu já vinha procurando um filhote há algum tempo e apareceu a oportunidade com essa situação da casa na zona Sul. Eu fiquei comovido com a situação dos bichos e resolvi adotar um.”
Na segunda-feira, Catarina passou por consulta em uma clínica veterinária e fez exames. Machado afirma que ela já conquistou um espaço no coração e na rotina dele.
“Às 5h ela já resolve acordar para brincar e é uma companhia muito bacana, ela está sempre junto, é muito carinhosa.”
Resgate
Após denúncia de vizinhos, protetores independentes resgataram os animais da casa no bairro Jardim Califórnia, na zona Sul. A ação foi acompanhada pela Polícia Militar, que conseguiu autorização de mãe e filha, donas da casa, para entrada no imóvel.
A voluntária Daniela Bertalo Azevedo contou que o número de cães surpreendeu o grupo, que acreditava que cerca de 30 animais viviam no local. A casa tinha fezes por todos os cômodos e havia cães recém-nascidos ‘guardados’ dentro de gavetas e nos guarda-roupas. Um dos cachorros estava morto na piscina abandonada.
Ao todo, 80 filhotes e fêmeas prenhas lotaram a caçamba de uma caminhonete e foram levados a ONGs e clínicas veterinárias. Eles também foram acolhidos por vizinhos, mas, segundo os protetores, pelo menos 200 animais ainda ficaram na casa.
Na segunda-feira, ONGs receberam apoio de pessoas interessadas em ajudar com os cuidados e em adotar os bichos.
Vistoria
As moradoras da casa não comentaram o assunto. De acordo com a Prefeitura, o caso foi levado ao Comitê de Acumuladores, mas a equipe enviada ao local não constatou acúmulo de objetos. Segundo o Executivo, as moradoras recebem acompanhamento médico particular.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a Divisão de Bem-Estar Animal realizou uma visita técnica no imóvel e foi constatado que “a casa é espaçosa, com quatro pavimentos, pouquíssimos móveis, entrada de luz natural e boa ventilação”.
Uma das responsáveis informou à Prefeitura que os animais não são castrados, mas que autorizaria o órgão a realizar a castração.
Fonte: G1
Protetor não é acumulador: cuidado com essa construção especista!