Gaeco cumpre mandado de busca na casa do delegado defensor dos animais no Paraná

Gaeco cumpre mandado de busca na casa do delegado defensor dos animais no Paraná
Reprodução/ Instagram

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público) do Paraná, e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram, nesta terça-feira (19), na segunda fase da Operação Mônaco, mandado de busca e apreensão na casa do delegado federal Matheus Laiola, suspeito de crime de concussão, prática em que um servidor público usa de sua função para exigir vantagem indevida. Além dele, outros três ex-agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba foram procurados.

Laiola, que é pré-candidato a deputado federal, ficou conhecido ao comandar a delegacia especializada e por seus vídeos de resgate de animais em situações de maus tratos. Devido às pretensões eleitorais, ele está afastado das funções.

O suposto crime aconteceu em fevereiro de 2019, quando o grupo, que estaria analisando uma denúncia sobre irregularidades em um posto de combustíveis de uma rede, teria apreendido um funcionário do estabelecimento e exigido R$ 50 mil para liberá-lo. Após seis horas preso, o valor teria sido diminuído para R$ 10 mil, quantia paga em dinheiro pelo dono do posto aos policiais.

No cumprimento dos mandados nas casas de Matheus Laiola e dos investigadores, foram apreendidos as quantias de R$ 29.255, mil dólares (sic), uma arma de fogo, 16 celulares, documentos e equipamentos eletrônicos.

Defesa

Matheus Laiola se defendeu pelas redes sociais. Segundo o delegado, os agentes do MP entraram em sua casa e solicitaram a entrega de objetos. Ele diz ter colaborado com a ação e estar “sereno”, afirmando estar sendo perseguido.

“São fatos ocorridos há quase três anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) e me tornei pré-candidato a Deputado Federal. Confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade. Agradeço desde já o apoio de todos, e seguiremos ainda mais fortes no objetivo de servir e compartilhar boas ações”, encerrou.

Por Bruno Souza (sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg)

Fonte: Bondenews


Nota do Olhar Animal: O caso ainda está sob investigação e é precipitado afirmar a responsabilidade do delegado Matheus Laiola em relação aos crimes que lhe são atribuídos pelo Gaeco. Porém, diante da proximidade das eleições, a situação serve como um alerta para os eleitores, relembrando-os de que ações midiáticas e “heroicas” em favor dos animais não atestam a idoneidade de ninguém. Ao contrário, comumente os bichos são usados com fins eleitorais, tendo seus salvamentos usados na construção de um escudo moral que protege o suposto defensor dos animais de acusações relacionadas à sua competência e à sua honestidade. Fiquem atentos e procurem se informar bem a respeito dos candidatos! Sobre o caso específico do delegado Matheus Laiola, candidato a deputado federal pela União Brasil, resta esperar pelo avanço das investigações para sabermos se as acusações do Gaeco procedem.

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