Galinhas apinhadas e a debicar cadáveres em fornecedor de rede de supermercados na Alemanha

Um conjunto de imagens captadas, que demonstram as condições chocantes em que vivem as galinhas fornecidas à rede de supermercados alemã, Lidl, resultaram, segundo a Humane League UK, de uma investigação conduzida pela organização não governamental espanhola, Equalia, que se infiltrou num armazém alemão. Após a divulgação das imagens, o fornecedor do Lidl foi acusado de maus-tratos aos animais.
A associação de defesa animal defende que as imagens foram captadas numa fábrica de produção de um grande fornecedor do Lidl, localizada na Alemanha, no verão de 2022, e retratam pintainhos deitados de costas, com dificuldade em levantarem-se ou caminharem, devido ao crescimento significativo dos músculos das coxas e do peito, o que faz com que os órgãos e ossos dos animais não consigam suportar o peso, segundo informação divulgada pelo Público.
A associação britânica de direitos dos animais partilhou uma série de imagens que demonstram um armazém sobre lotado de galinhas. Segundo o jornal Público, a associação defende que “em circunstâncias normais, as galinhas passam metade do dia a circular em pequenos grupos à procura de comida. Apinhadas às centenas, como aqui se vê, sofrem de stress permanente e de tédio agonizante”. Adicionalmente, os animais encontram-se em condições sanitárias deploráveis, onde existem galinhas a debicar o cadáver de outra, um trabalhador a urinar no galinheiro e os animais mais debilitados a serem mortos pelos funcionários.
Em Portugal, a associação Abrir de Asas apelam ao Lidl para subscrever o Better Chicken Commitment (BBC) – conjunto de diretrizes e práticas para os produtores animais. A BBC defende técnicas de crescimento mais retardadas, em que os animais tenham mais espaço, luz natural, auditorias externas e técnicas de abate menos dolorosas, de acordo com a informação avançada pelo Público.
O Lidl de Portugal manifestou-se e condena os abusos e a crueldade contra os animais. A empresa adicionou que os fornecedores de frango têm certificação Welfair, que garante ao consumidores que os animais viveram e foram abatidos em condições responsáveis de bem-estar.
Fonte: Correio da Manhã / mantida a grafia lusitana original
Nota do Olhar Animal: A forma como os animais são tratados é terrível e inaceitável, mas é apenas um AGRAVANTE em relação ao dano maior, naturalizado pela indústria “da morte” e aceito por muitas pessoas, que é o ABATE. O sofrimento imposto cotidianamente aos animais no transporte ou nas “linhas de produção” de carne não é menos repulsivo e imoral do que a violação do principal interesse dos animais, que é o interesse em viver. A produção não tem que dar melhores condições aos animais à espera da morte. Ela deve, sim, ser banida. O paladar dos humanos não é mais importante que a vida dos animais.