Gansa de estimação atacada por cão ganha prótese no bico em São José dos Campos, SP
Uma gansa chamada Amora ganhou uma prótese no bico após ter a parte inferior dele destruída em um ataque de um cão, em São José dos Campos (SP). O destino da ave foi mudado graças a uma clínica veterinária de uma universidade, que criou o molde em parceria com um laboratório de próteses humanas.
Vídeo: Gansa de estimação atacada por cão ganha prótese no bico.
A cuidadora de animais, Sueli Vargas, comprou a gansa chamada Amora para fazer companhia a um macho, entretanto, na compra o vendedor afirmou que o bico voltaria a crescer. Mas, observando as dificuldades que Amora tinha no cotidiano, foi necessário buscar ajuda.
“Tava toda aberta a parte de baixo, tinha só um pedaço mas era toda aberta. A língua estava caída e ela chorava muito porque queria comida. Dai eu olhei ela e pensei que não queria devolver e que eu queria ficar com ela”, relata Sueli Vargas.
Após ir a uma clínica veterinária e não obter resultados, a gansa foi encaminhada para a Universidade do Vale do Paraíba (Univap), onde teve início o estudo de uma prótese, o primeiro passo foi fazer a moldagem do bico.
“A gente fez a moldagem e a preparação do modelo tridimensional aqui em gesso. Então um laboratório de próteses humanas de Taubaté se mobilizou e nos ajudou nessa conquista. A prótese foi feita com PMMA [acrílico], é um polímetro usado em cirurgias ortognática que gera pouca rejeição”, explica a coordenadora do curso de medicina veterinária, Heloísa Orsini.
Até 2010, aves com lesões e fraturas no bico eram sacrificadas por conta das dificuldade de recuperação. Porém, começaram a surgir técnicas que evoluíram e atualmente, casos como a da Amora possuem a possibilidade de retornar ao comportamento normal do animal.
“Hoje a Amora come verdura, milho e ração, aliás ela come desesperadamente. O que eu quero agora é encontrar um lar para eles, aonde possam ficar bem e com alguém que tenha amor por eles. Se todo mundo tivesse amor a eles, não teríamos bichos abandonados na rua, passando fome e sede”, conta a cuidadora de animais.
Fonte: G1