Gatos são envenenados no bairro Santa Angelina, em Araraquara, SP
Moradores do Santa Angelina estão revoltados com as mortes de gatos na região por envenenamento. No mês passado, Itaiana Battoni, doula, encontrou em frente ao seu portão um gatinho morto com características de envenenamento. O que ela não esperava era que o mesmo acontecesse com a sua gatinha Kiara, de apenas 10 meses.
A gata foi resgatada desnutrida e era castrada, e como as janelas não tem grades, ela tinha acesso a rua mas sempre voltava. “Estamos muito abalados. Acho importante alertar as pessoas, e quem sabe achar ou pelo menos coagir esse monstro”, diz.
A Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OAB Araraquara informou que a maioria dos felinos são animais de rua ou aqueles, que apesar de terem donos, tem acesso a rua também. O envenenamento é o maior responsável por mortes de cães e gatos, ultrapassando atropelamentos.
O veneno é o conhecido chumbinho, que apesar de ser ilegal e ter a venda proibida ainda assim é a arma mais utilizada nesses crimes.
Marcella Zamarioli, professora de ioga, também perdeu o gatinho Ozzy, de 3 anos. Ele ficou desaparecido por uns dias e ela chegou a distribuir cartazes procurando pelo amado bichinho.
“Uma vizinha viu o cartaz e me ligou, ele não tinha nenhuma marca, todo dia saía e voltava no mesmo horário sem falhar”, conta. Marcella tem outros cinco gatos e decidiu telar a casa inteira por medo.
Segundo a presidente da CPDA, Carolina de Mattos Galvão, as estatísticas mostram que apenas 1/3 dos animais vítimas de envenenamento sobrevivem. “É importante que logo após o socorro, caso o dono saiba quem é o responsável pelo crime, faça um boletim de ocorrência para que seja punido”.
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605), o envenenamento de animais é crime e o agressor pode ser responsabilizado e denunciado por maus tratos. A pena prevista de detenção é de três meses a um ano e multa.
Por Amanda Rocha
Fonte: Cidade ON