Grupo de direitos dos animais registra queixa criminal contra abatedouro de porcos que ficaram queimados

O agricultor teve que matar 600 porcos depois que eles sofreram queimaduras graves em um incêndio no estábulo.
O grupo ativista PETA registrou uma queixa criminal em Luxemburgo depois que um fazendeiro abateu 600 porcos feridos em um incêndio, dizendo que o estábulo não tinha proteção suficiente contra as chamas.
Os animais ficaram com ferimentos graves e queimaduras após um incêndio no estábulo perto de Heiderscheid, em 27 de fevereiro, o que não deixou ao criador outra opção a não ser abater os porcos.
A agência alemã da organização de direitos dos animais PETA agora alega que a proteção contra incêndio no estábulo era inadequada e que as leis de proteção aos animais foram violadas. O material de isolamento derreteu e pingou nas costas dos porcos, causando-lhes ferimentos. A PETA estima que várias centenas de milhares de animais morrem em incêndios todos os anos por causa de regulamentos negligentes, disse o grupo em um comunicado à imprensa.
A causa do incêndio em Heiderscheid, localizada no norte do país, ainda não foi determinada.
Mas as fazendas são verificadas quanto à conformidade com as regras de saúde e segurança, disse o porta-voz de uma organização nacional de produtores, diz o site Marque Nationale. Isso inclui ventilação, sistemas de alarme e geradores de emergência. “É do interesse do fazendeiro que os animais estejam bem”, disse ele.
A PETA enviou a denúncia, vista pelo jornal Luxembourg Times, por correio em 11 de março, mas o promotor de Luxemburgo disse no dia 13 que ainda não havia recebido o documento. O grupo dos direitos dos animais registra frequentemente queixas criminais na Alemanha por incêndios em estábulos, disse um porta-voz.
Por causa de graves incêndios na Suíça e em Luxemburgo, a PETA decidiu também agir nos países vizinhos, disse ele. “Conhecemos a extrema negligência e o acolhimento barato [por trás dos incêndios]”, disse ele.
Por Cordula Schnuer / Tradução de Aline Alves de Amorim
Fonte: Luxembourg Times
Nota do Olhar Animal: A negligência do criador revelada nesta matéria é terrível e inaceitável, mas é apenas um AGRAVANTE em relação ao dano maior, naturalizado pela indústria frigorífica e aceito por muitas pessoas, que é o ABATE. O sofrimento imposto cotidianamente aos animais nas “linhas de produção” de carne ou fruto de negligência não é menos repulsivo e imoral do que a violação do principal interesses dos animais, que é o interesse em viver.