Homem enfrenta funcionários e abandona cão na ONG ARCA, em Camaquã, RS

Homem enfrenta funcionários e abandona cão na ONG ARCA, em Camaquã, RS
Foto: Arca/Reprodução

Durante este domingo (19), mais um caso de abandono foi relatado por funcionários da Associação Protetora aos Animais de Rua Camaquã (ARCA). O caso ocorreu no começo da tarde e foi testemunhado por funcionários da associação.

Segundo o relato de um dos funcionários, o indivíduo chegou ao local em um Volkswagen Gol de cor branca com um cachorro no interior do veículo.

Após ser informado que a ARCA não poderia receber “cães ativos”, o homem passou a enfrentar os funcionários, ameaçando atar o cachorro à tela de proteção do local. Logo após, uma das funcionárias resolveu abrigar o cachorro, para que o mesmo não fosse abandonado sozinho em outro local.

Ao ver que o cão seria acolhido, o homem disse que o mesmo se chamava Cebolinha e saiu sorridente do local.

“Mais um a receber processo por abandono e mais uma vida descartada por pessoas irresponsáveis e inconsequentes”, disse a ARCA, através de suas redes sociais.

400 animais estão disponíveis para adoção na sede da ARCA

Em setembro de 2019, o programa Bom Dia Camaquã, na oportunidade apresentado pelo repórter Elias Bielaski, recebeu a voluntária da Associação Protetora aos Animais de Rua Camaquã (ARCA) e vereador municipal, Ivana de Paula. O programa da ClicRádio aconteceu dentro da programação da ExpoCamaquã, no Parque Dorval Ribeiro do Sindicato Rural de Camaquã.

A voluntária da ARCA falou sobre a grande quantidade de animais que estão disponíveis para adoção na sede da ARCA e do Canil Municipal. Segundo ela, são cerca de 400 animais sendo cuidados pelas entidades. Neste sábado (14), a feira de adoção que ocorreria na Clic House precisou ser cancelada devido à previsão de pancadas de chuva.

Confira a entrevista completa:

https://www.facebook.com/cliccamaqua/videos/522680531868937/

A Associação Protetora dos Animais de Rua – ARCA, juntamente com o Canil Municipal, abrigam, ao total, mais de 400 animais a espera de adoção em Camaquã. Animais, no geral, fruto de abandono e maus tratos.

Na ARCA, vivem cerca de 230 animais que são diariamente cuidados, medicados e alimentados por voluntários do local. No Canil Municipal, há em torno de 195 abrigados. Animais de diversos tamanhos, cores, idades, deficiências e histórias. Confira algumas delas:

Fofão/Batata Doce

O cãozinho Fofão, hoje batizado de Batata Doce, foi encontrado a beira de uma estrada, extremamente machucado e debilitado em uma manhã quente de Outubro, no ano de 2017. Ao receber fotos do animal, uma voluntária providenciou o resgate e o levou até a Arca. Lá, ele passou por meses de tratamento até recuperar seu pêlo, que havia caído completamente. Sua visão também foi comprometida, perdendo totalmente a capacidade de enxergar pelo olho esquerdo.

Após a recuperação, Batata Doce recebeu a visita de Greice, que imediatamente se apaixonou por ele e concretizou a adoção.

Cigana

Cigana foi encontrada próximo a Blue Ville, pelos olhos de uma moça que chegou a Arca desolada com ela em seu colo, pedindo socorro. Ela tinha cerca de 7 meses, patas inchadas e esfoladas de percorrer o asfalto, pele avermelhada devido a sarna e em situação de extrema magreza. Foram necessários dois meses para sua completa recuperação.

Após o trauma, Cigana permaneceu por 1 ano morando na Arca, até receber a visita do casal Marcelo e Cláudia, que a inseriram em sua família.

Outras histórias você confere no vídeo ao fim da matéria.

Segundo Sabrina, funcionária do Canil Municipal, a adoção ainda é um assunto difícil. A complicação começa no ato da procura. “As pessoas, na maioria das vezes, vem atrás de animais pequenos, peludos, de raça. Se tem uma coisa, falta outra. Nunca temos o animal perfeito”. O pior, é nos casos em que a adoção se realiza, mas o animal é devolvido semanas, meses, e até anos depois. Entre as justificativas estão surgimento de doenças, mudanças de imóvel, nascimento de crianças, etc. Não há mais espaço para o animal.

Ao realizar uma adoção, o adotante torna-se responsável legal por ele, que tem garantia por lei de ser cuidado e bem tratado. O artigo 32 da Lei 9.605/98 determina detenção de três meses a 1 ano e multa a quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos ou realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo e a punição é aumentada de um sexto a um terço se ocorrer morte do animal. Segundo a protetora Ivana de Paula, atualmente os casos estão sendo devidamente denunciados e punidos com eficiência, graças ao apoio da Polícia Civil, PATRAM, Corpo de Bombeiros, Promotoria, etc.

A adoção deve ser um ato responsável e consciente, friza Ivana “A pessoa deve saber suas condições financeiras e psicológicas. É uma responsabilidade que deve durar por toda a vida do animal. Por isso, nossa luta é, além da conscientização, castração”.

Confira o vídeo com a matéria completa:

Por Elias Bielaski

Fonte: Clic Camaquã

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