Irmão de idosa que teve AVC e não consegue mais cuidar dos 80 cães que resgatou pede ajuda para doar animais: ‘Situação péssima’

Irmão de idosa que teve AVC e não consegue mais cuidar dos 80 cães que resgatou pede ajuda para doar animais: ‘Situação péssima’
Idosa que sofreu AVC não consegue mais cuidar de 80 animais em casa, em Goiânia. — Foto: Arquivo pessoal/Gilmar Teixeira

A diarista Gilda Carlos Teixeira, de 60 anos, cuidava de 80 cães que tinha resgatado das ruas de Goiânia. Segundo a família, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), a idosa ficou acamada e impossibilitada de cuidar dos animais. Irmão dela, Gilmar Carlos Teixeira, de 62 anos, disse que teve que deixar o trabalho para cuidar de Gilda e pede ajuda para conseguir um lar para os cães.

“A situação está péssima. Tive que parar de trabalhar para cuidar dela. Ela depende da gente 24h. Tenho que dar banho, comida na boca, trocar fralda. Está difícil de cuidar dos animais. Queria uma ajuda para alguém adotar os cachorros. Já estamos passando aperto”, relata o irmão.
 

Gilmar contou que a irmã sofreu um AVC no começo de julho, após ter um desmaio. Ele disse que a diarista precisou ficar internada por 30 dias e que, mesmo com tratamento, ficou com várias sequelas.

Para cuidar de Gilda, o irmão teve que deixar o trabalho como pedreiro e agora depende de doações de alimentos para família e os cães. A irmã, antes do AVC, trabalhava especialmente para cuidar dos animais. Agora, a família conta que não tem mais condições de continuar realizados os resgates nem de ficar com os cachorros na casa.

Gilda Carlos Teixeira, de 60 anos, sofreu um AVC e ficou acamada, em Goiânia. — Foto: Arquivo pessoal/Gilmar Teixeira

Ele lembra que a irmã começou a fazer os resgates há oito anos e que os animais significavam muito para ela. Gilmar disse que ela teve perda de memória e, agora, chega a ficar brava quando eles latem. Além disso, alguns cães estão doentes. 

“Ela falava que gostava mais de cachorro do que de gente. Ela perdeu a memória, mal consegue conversar, mas às vezes se irrita com barulho deles”, conta
 
O amor pelos animais ia até mesmo além do salário que Gilda recebia como diarista. O irmão conta que ela resgatava muitos cães acidentados e que, por isso, também está devendo várias clínicas veterinárias. A família ainda não conseguiu fazer um levantamento das dívidas.

“Ela não podia ver um cachorro na rua que ela pegava. Ela ficava com dó dos bichinhos na rua. Cuidava de cachorro atropelado. Está até devendo em clínicas veterinárias. A gente precisa de ajuda”, conta o irmão.

A família está tentando entrar com processo no INSS para conseguir aposentar a idosa, mas, até a aposentadoria sair, eles precisam doar os animais e de ajuda para cuidar dela. 

Por Guilherme Rodrigues

Fonte: G1

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