Jovem que gravou chimpanzé fumando cigarro diz que fez registro porque ‘achou graça da situação’
O jovem de 21 anos que aparece em um vídeo com um chimpanzé fumando no Santuário dos Grande Primatas, em Sorocaba (SP), alegou à polícia que “achou graça da situação” e postou o vídeo no Facebook. Ele negou ser usuário de drogas.
Em depoimento acompanhado por um advogado no 2º Distrito Policial, o rapaz foi ouvido por cerca de uma hora.
Segundo o relato, ele contou que cuidava de cavalos em um sítio vizinho ao Santuário dos Primatas quando viu dois meninos interagirem com o macaco durante a invasão ao local. Ele afirmou que viu o animal com o cigarro na boca e não soube informar se era maconha ou charuto.
Ainda no depoimento, o jovem conta que se divertiu com a situação e resolveu publicar nas redes sociais. Perguntado pela Polícia Civil sobre os outros meninos, ele contou que não os conhece pelo nome e que se encontrava com os suspeitos na área.
Sobre a invasão, conforme o depoimento, o jovem explicou que entrava na propriedade pela lateral de um sítio, onde havia uma cerca. Ele também negou que consome drogas e disse que foi a primeira vez que “praticou a conduta”.
De acordo com o delegado, o inquérito que investiga a ação deve ser encerrado até o fim da semana. O Ministério Público abriu um inquérito cível sobre o caso, que pode se tornar uma ação.
Vídeo:Jovem presta depoimento e nega ter dado cigarro de maconha a chimpanzé
O caso
Nas imagens que viralizaram na internet, o jovem aparece conversando com outras pessoas enquanto o chimpanzé está com o cigarro aceso. Eles também fazem piadas sobre o primata, que teria queimado a boca(assista acima).
Em nota enviada ao G1, o santuário informou que o chimpanzé que aparece nas imagens se chama Cláudio, tem 10 anos e é um dos mais de 50 primatas que estão no local. O animal passa bem.
Ainda em nota, o santuário disse que está tomando todas as medidas legais para garantir que as pessoas responsáveis sejam punidas. Além disso, garantiu que a segurança no local foi reforçada.
O santuário explicou também que uma cerca que delimita a área do espaço foi forçada. No mesmo local foram encontrados restos de fumo, mas não foi possível identificar se era de cigarro normal ou algum tipo de droga. Todas as janelas dos recintos que fazem limite com as propriedades vizinhas foram fechadas.
O complexo fica na zona rural de Sorocaba e é rodeado por sítios. O santuário é filiado ao projeto GAP, uma ONG internacional que é reconhecida pelo seu trabalho de resgate aos animais em situação de maus-tratos.
Por Carlos Dias
Fonte: G1