Juiz vai até casa de protetora antes de propor conciliação com vizinho, em Jales, SP

Juiz vai até casa de protetora antes de propor conciliação com vizinho, em Jales, SP
Rafael Lazzaro: não se pode resolver um problema criando outro.

Numa atitude pouco comum, o juiz Fernando Antônio de Lima, do Juizado Especial Cível decidiu realizar pessoalmente uma inspeção judicial no local dos fatos, antes de decidir por uma proposta de conciliação para que a advogada Alzira Mara de Azevedo Novaes continue acolhendo animais em sua residência, na Avenida Francisco Jalles.

A ação foi proposta por Edmilson Lázaro para que Alzira deixasse de criar animais ao lado do seu estabelecimento, a Multicar Veículos, pois o mal cheiro estava incomodando a vizinhança e poderia até causar alguma doença como explicou o advogado Rafael Lazzaro.

O advogado deixou claro que é preciso elogiar a atitude de Alzira na proteção dos animais, mas não se pode resolver um problema criando outro. A saída foi buscar uma solução para que ninguém se prejudique, pois pelo que foi constatado os animais estavam prejudicando não só o estabelecimento, mas outros vizinhos, inclusive um restaurante.

Pela decisão, Alzira se compromete, entre outras determinações, a impedir o acesso de gatos e cachorros no corredor vizinho ao estabelecimento de Edmilson, fechando a porta que dá acesso a um corredor, além de limpar o local com amônia quaternária e de impedir o acesso dos animais a toda a vizinhança, colocando tela sobre os muros.

O juiz também fixou multa de R$ 300 em caso de descumprimento do acordo, destacando que poderá ser requisitada a Vigilância Sanitária, para constatação dos fatos.

Fonte: Jornal de Jales


Nota do Olhar Animal: Parabéns ao juiz por se deslocar até o local dos fatos, não se acomodando em seu gabinete e fazendo jus ao salário pago pelo povo. E também pela decisão ponderada sobre o caso. Que os promotores de justiça de Jales façam o mesmo e cobrem da prefeitura ações eficazes e permanentes para o controle da população de animais abandonados. E que ainda busquem formas do Poder Público ajudar os protetores (inclusive financeiramente, de forma que, como neste caso, possam custear a estrutura necessária ao trabalho que realizam), já que comumente mais cria problemas que ajuda estas pessoas, que prestam relevante serviços à sociedade, aos animais.

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *