Laboratório do Instituto Federal de SC desenvolve cadeira de rodas para cão com apenas 3 patas; VÍDEO

Quem vê o cãozinho Alf caminhando não imagina pelo o que ele passou. O animal foi resgatado na região de Joinville após seu atual tutor o ver ser atropelado por um caminhão.
“Ele era um cão de rua. A gente viu ele sendo atropelado. O caminhão passou por cima dele, pela pelve e aí a gente resgatou ele, na região de Joinville. Levamos num veterinário, ele sugeriu a eutanásia porque era um cão de rua, não tinha dono, tinha múltiplas fraturas na pelve. Aí, a gente resolveu pegar uma segunda opinião com outro veterinário que nos ajudou e decidiu fazer a cirurgia”, relembra o tutor Diogo Schiestl.
Logo depois do acidente, foi constatado um câncer e Alf precisou amputar uma das patas. Segundo Schiestl, “esse tipo de tumor causa muita dor no animal. Então, quando há a possibilidade de retirar esse osso, é feita a cirurgia de amputação. De lá para cá, ele vem se adaptando a viver com três patas”.
Foi aí que a equipe de um laboratório do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) entrou em ação. Com a ajuda de máquinas de impressão 3D, eles desenvolveram um protótipo de uma cadeira de rodas.
“A questão toda com o Alf começou quando eu fui levar a minha cachorrinha no veterinário. A gente tava esperando para ser atendido e o Diogo e o cachorro entraram. Eu percebi que falta a perna e aquela situação me tocou muito porque eu sou um tutor também. Aí, eu pensei: a gente tem o conhecimento, existe o projeto dessas cadeiras disponível na internet para baixar e montar, vamos fazer isso”, explicou o professor do Curso de Tecnologia em Radiologia, Matheus Savi.
Uma cadeira de rodas dessas, no mercado, sai em torno de R$ 1 mil. A equipe foi fazendo testes com o Alf e avaliando os materiais que seriam usados.
De acordo com o coordenador do laboratório, Marco Bertoncini, “a gente conseguiu uma certa expertise nos materiais quanto à produção de algumas coisas específicas na área da saúde. A gente não tinha experiência ainda com aquela biomecânica daquele cachorro. Então, a gente teve que testar a resistência das peças. Por isso, é importante a gente pegar esses projetos. Por mais que não seja muito o nosso foco em veterinária, a gente começar a testar o que a gente vem descobrindo na academia, botar na prática em si”.
“O mais legal é ver o resultado e ver que tá ajudando um pequeno animal”, contou a bolsista do laboratório Jaqueline Costa.
Alf já está com quase 12 anos de idade e faz aniversário em agosto. De presente, o animalzinho ganhou mais mobilidade.
Fonte: ND+