Leão símbolo do Zimbábue agonizou por mais de 40 horas antes de morrer

Americano atingiu o animal com um arco e flecha, mas leão sobreviveu. O leão Cecil tinha 13 anos e era uma atração do país.
A morte de um leão, no Zimbábue, ganhou as redes sociais e levantou mais uma vez a questão da caça esportiva. O leão tinha 13 anos e era o símbolo do país. Um fazendeiro e um caçador profissional foram acusados pelo crime. O que mais provocou mais repercussão é que um americano, em férias no Zimbábue, é que teria matado o leão. Os dois acusados foram os guias durante a caçada.
O dentista americano Walter Palmer teria pago US$ 50 mil pela caçada. Ele se defendeu dizendo que os guias haviam garantido a permissão para a caça.
Muitos caçadores argumentam que pagando caro para caçar animais específicos com a permissão das autoridades eles podem ajudar a financiar a preservação de espécies ameaçadas de extinção. Depois da morte cruel do leão Cecil, no Zimbábue, ativistas defensores dos animais reforçaram o pedido pela proibição da caça esportiva na África.
Mais de 210 mil pessoas assinaram uma petição exigindo justiça pelo leão morto e pedindo que o governo do Zimbábue pare de emitir permissões de caça de animais que correm o risco de extinção. A população de leões africanos caiu quase 60% nas últimas três décadas.
Os dois guias foram soltos depois de pagar uma fiança de US$ 1 mil cada um. Em uma corte, eles disseram que são inocentes das acusações de caça ilegal, que poderiam resultar em 10 anos de prisão. O dentista americano declarou em uma nota que nem autoridades do Zimbábue nem dos Estados Unidos tinham entrado em contato com ele, mas que vai colaborar com as investigações.
O leão Cecil era uma atração turística do Zimbábue e objeto de estudo científico. Os três teriam atraído o leão para fora do parque nacional, onde ele vivia. Usando um arco e flecha, o americano teria atingido o animal, que sobreviveu mais de 40 horas até que os caçadores o localizassem de novo e, então, atirassem com uma arma. O leão teve uma morte lenta e sofrida. Depois, ele foi ainda decapitado.
Walter Palmer disse que não tinha ideia que o leão era uma atração do país e objeto de pesquisa até o fim da caça. Ele lamentou o que aconteceu e disse que estava seguindo a experiência dos guias locais. O dentista disse que imaginava que a caça era legal e devidamente conduzida.
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