Linha Verde do Disque-Denúncia recebe 854 denúncias de maus-tratos contra animais no primeiro trimestre no RJ
O Programa Linha Verde do Disque Denúncia recebeu 854 denúncias de maus tratos a animais nos três primeiros meses do ano. Destas, 125 citavam que os animais estavam em situação de abandono.
VÍDEO: Disque-denúncia já recebeu mais de 850 ligações sobre maus tratos a animais em 2019
Os números da violência contra animais no Rio têm aumentado. Em 2018, foram 4.020 relatos e, em 2017, ocorreram outros 3.104 casos. Isto significa um aumento de 30% de um ano para outro.
De acordo com o programa, os cães, gatos e cavalos são os animais mais vitimados. Entre os relatos estão a falta de alimentação, abandono, espancamento, animais presos e acorrentados, entre outras crueldades.
O abandono de animais é crime, mas a aplicação da lei ainda é branda.
“Infelizmente a lei para maus-tratos em geral, e o abandono está incluído entre os maus tratos é apenas de três meses a um ano. Com isso, você tem a chamada cesta básica e não resolve nada. Estamos lutando muito em Brasília para que essa pena passe de dois anos, seja retirada dos juizados especiais e vá para as varas criminais, onde você consegue uma condenação melhor”, contou Reynaldo Velloso, presidente da Comissão de Proteção aos Animais da OAB-RJ.
Na última quinta-feira (25), uma câmera de segurança flagrou um homem abandonando um cão da raça rottweiler no meio da rua, na Ilha do Governador. Ele foi amarrado a um portão durante a madrugada e uma ONG do bairro precisou resgatá-lo.
“Não é ursinho de pelúcia. Ele é um animal que vai precisar de uma ração de qualidade, precisar de acompanhamento veterinário, de exames”, destacou Renata Brito, protetora de animais.
Todas as solicitações de denúncia ou de resgate são realizados pelo canal oficial da Prefeitura do Rio de Janeiro pelo número 1746. As denúncias também podem ser feitas de forma anônima ao Programa Linha Verde, do Disque Denúncia, por meio dos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177 (interior, ao custo de uma ligação local) ou pelo aplicativo Disque Denúncia.
Por Nathalia Castro, Bom Dia Rio
Fonte: G1